O ABC de uma goleada

Durante mais de 25 minutos pareceu que não seria noite do melhor ataque do Brasil.
Gabigol perdeu gols, Bruno Henrique fez um em impedimento e os potiguares do ABC, da Série D, chegaram a imaginar que seria possível sair do Maracanã sem levar um saco de gols na bagagem.
Só parecia que assim seria.
Porque Arrascaeta arrombou a porta aos 28 minutos e nos próximos 17 repetiu-se, diga-se, o que o Flamengo fez com o São Paulo: mais três gols, dois de Gabigol, aos 33' e 45' e Bruno Henrique, aos 33'.

Gols de todos os tipos, de pé em pé, de cabeça, uma diversão.
Tamanha que na volta do intervalo o time rubro-negro voltou às gargalhadas.
Mas, aos 10', não teve graça nenhuma. Renê sentiu lesão muscular e Renato Gaúcho resolveu não dar sopa para o azar, porque precisa golear também o Corinthians no domingo, em Itaquera.
E tirou Arrascaeta, que gastava a bola, Bruno Henrique, Diego e Renê, para entradas de Michael, Pedro, Thiago Maia e Rodinei.

A leveza do show tendia a acabar, embora fominhas como são Pedro e Michael, era bem possível pensar no que estava na cabeça de todos, o velho vira quatro, acaba oito.
O problema é que, mais por ruindade que por maldade, o ABC vira e mexe pegava de mau jeito um jogador do bicampeão brasileiro.

Aí, aos 30', como o ABC não havia chutado uma bola sequer dos cariocas, Thiago Maia cruzou para Pedro fazer o 5 a 0 e Donato preferiu ele mesmo fazer o gol.
Chegou, então, a hora de Vitinho jogar e Gabigol descansar.
Pedro jogou fora o gol meia-dúzia, que seria o 20° no quarto jogo sob comando de Gaúcho.

Então, se Pedro não fez, Michael faz. 6 a 0, aos 37'.
Vinte gols em quatro jogos contra o Defensa y Justicia, pela Libertadores, Bahia e São Paulo, pelo Brasileirão, e ABC, pela Copa do Brasil.
Dá dó só de pensar no Corinthians…
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