Topo

Blog do Juca Kfouri

O ABC de uma goleada

Juca Kfouri

29/07/2021 21h53

Durante mais de 25 minutos pareceu que não seria noite do melhor ataque do Brasil.

Gabigol perdeu gols, Bruno Henrique fez um em impedimento e os potiguares do ABC, da Série D, chegaram a imaginar que seria possível sair do Maracanã sem levar um saco de gols na bagagem.

Só parecia que assim seria.

Porque Arrascaeta arrombou a porta aos 28 minutos e nos próximos 17 repetiu-se, diga-se, o que o Flamengo fez com o São Paulo: mais três gols, dois de Gabigol, aos 33' e 45' e Bruno Henrique, aos 33'.

Gols de todos os tipos, de pé em pé, de cabeça, uma diversão.

Tamanha que na volta do intervalo o time rubro-negro voltou às gargalhadas.

Mas, aos 10', não teve graça nenhuma. Renê sentiu lesão muscular e Renato Gaúcho resolveu não dar sopa para o azar, porque precisa golear também o Corinthians no domingo, em Itaquera.

E tirou Arrascaeta, que gastava a bola, Bruno Henrique, Diego e Renê, para entradas de Michael, Pedro, Thiago Maia e Rodinei.

A leveza do show tendia a acabar, embora fominhas como são Pedro e Michael, era bem possível pensar no que estava na cabeça de todos, o velho vira quatro, acaba oito.

O problema é que, mais por ruindade que por maldade, o ABC vira e mexe pegava de mau jeito um jogador do bicampeão brasileiro.

Aí, aos 30', como o ABC não havia chutado uma bola sequer dos cariocas, Thiago Maia cruzou para Pedro fazer o 5 a 0 e Donato preferiu ele mesmo fazer o gol.

Chegou, então, a hora de Vitinho jogar e Gabigol descansar.

Pedro jogou fora o gol meia-dúzia, que seria o 20° no quarto jogo sob comando de Gaúcho.

Então, se Pedro não fez, Michael faz. 6 a 0, aos 37'.

Vinte gols em quatro jogos contra o Defensa y Justicia, pela Libertadores, Bahia e São Paulo, pelo Brasileirão, e ABC, pela Copa do Brasil.

Dá dó só de pensar no Corinthians…

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/