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Blog do Juca Kfouri

Flamengo vira e mata o sonho da Chape

Juca Kfouri

11/07/2021 20h06

No camarote do Maracanã estava o salvador Renato Portaluppi , que de Jesus nada tem — além de tê-lo engasgado desde aquele célebre Flamengo 5, Grêmio 0, pelas semifinais da Libertadores de 2019.

Em campo, Flamengo e Chapecoense, Everton Ribeiro e Arrascaeta, sem Gabigol, suspenso, pelo próprio Flamengo, medida Jenial, típica dos çábios que dirigem o clube, porque em prejuízo do time.

Ora, multem o cara, tirem-lhe as calças, mas ponham para jogar.

Resultado? 0 a 0 ao fim do primeiro tempo, com domínio rubro-negro sobre um time que buscava sua primeira vitória e que, apesar disso, criou a melhor chance de gol, milagrosamente evitada por Diego Alves dos pés de Fabinho.

No segundo tempo, não.

Com Michael no lugar de Rodrigo Muniz, o Flamengo criou. Quase abriu o placar com Arrascaeta e viu o goleiro João Paulo evitar o 1 a 0 em cabeçadas de Gustavo Henrique e Pedro.

Só que, aos 21', Perotti, que acabava de entrar, em seu primeiro toque na bola, pegou o rebote de Diego Alves depois de uma cobrança de falta fraca e botou a Chape na frente.

O goleiro imediatamente pôs a culpa em falha do gramado…

Gramado?!

Portaluppi mandou Mauricio Souza trocar Thiago Maia por Vitinho e assim foi feito.

Mas foi Arrascaeta, mandando no jogo, quem empatou, aos 32', de fora da área, para tirar o doce da boca dos catarinenses.

Só que o empate seguia péssimo resultado para a Gávea e ótimo para Chapecó.

Por pouco tempo.

Aos 36', Michael fez fila dentro da área, se livrou de quatro, goleiro inclusive, e virou: 2 a 1! Golaço!

Era justíssimo, mais pelo esforço e pelas individualidades que pelo coletivo, uma bagunça.

Justo e uma baita maldade com a Chape que sonhou em quebrar o jejum exatamente sobre o bicampeão brasileiro. Mas era querer demais.

A situação no Flamengo é tão tensa que, a partir do minuto 45, o banco pressionava a arbitragem para terminar o jogo.

Mas houve mais quatro minutos de acréscimos. Em que nada aconteceu.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/