Dia de sustos olímpicos

A madrugada foi excelente, com o ouro no surf de Ítalo Ferreira, um atleta na dele, generoso, capaz de chamar para perto de si os medalhistas de prata e bronze no momento em que se fez uma foto aparentemente inesperada.
Mas a manhã foi mais sofrida que o esperado, tanto no futebol quanto no vôlei femininos.

Com a bola nos pés a seleção brasileira ficou em modesto 1 a 0 sobre a Zâmbia, que jogou com dez a maior parte do jogo e sofreu apenas um gol de falta, cobrada por Andressa Alves, no exato momento em que a goleira titular tinha sido substituída e a zagueira expulsa, aos 18 minutos.
Verdade que a seleção padeceu pela falta de entrosamento devido à entrada de seis jogadoras que não são titulares.
Talvez para não correr o risco de ficar em primeiro lugar e ter os Estados Unidos pela frente nas quartas de final. O adversário será a menos difícil equipe do Canadá.

Com a bola nas mãos o time de Zé Roberto Guimarães precisou de surpreendentes cinco sets para derrotar a República Dominicana, depois de perder o primeiro e o quarto sets, o que não estava no programa: (22/25, 25/17, 25/13, 23/25 e 15/12).
Você que não é terraplanista há de estranhar referências à madrugada e manhã, porque na verdade os fatos aqui descritos se deram no fim da tarde e na noite japonesas.
Mas é que tem gente perguntando por que o Japão cismou de fazer uma Olimpíada de madrugada.
Melhor não responder.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/