Bruno Henrique dizima a escrita tricolor

Se o São Paulo jogasse com 11 jogadores talvez fosse para o intervalo na frente do Flamengo, no Maracanã.
Mas com Vitor Bueno é difícil. O pior é que ele além de não ajudar, atrapalha, com impedimentos infantis.
O primeiro tempo conseguiu ser bom em péssimo gramado e apesar de faltar ao Tricolor o que sobre ao Rubro-Negro: criação no meio de campo.
Hernán Crespo, corretamente, deixou Benítez no banco, assim como Rigoni, com o que Marquinhos poucas chances teve de impor sua velocidade.
Assim mesmo, Diego Alves trabalhou mais que Tiago Volpi, Vitor Bueno perdeu duas vezes o mesmo gol e, surpreendentemente, Gabigol também desperdiçou gol certo, assim como Rodrigo Caio.
Mas nem bem começou o segundo tempo e em cobrança de escanteio, Diego Alves e Gustavo Henrique falharam para Arboleda cabecear na pequena área e fazer justiça: São Paulo, 1 a 0.

O São Paulo chegava à sétima vitória contra o Flamengo em dez jogos, com três empates, desde 2007. Impressionante!
O melhor: a vantagem não fez os paulistas recuarem, ao contrário, seguiram em busca de ampliar.
Claro, se expuseram e tomaram o empate em seguida, mas com ajuda do braço de Bruno Henrique. Não valeu.
Rodrigo Nestor e Vitor Bueno saíram para Igor Gomes e Rigoni jogarem, para ganhar de mais, aos 12'.
Michael também foi chamado por Renato Gaúcho, aos 14', no lugar de Everton Ribeiro. O novo xodó do treinador estava em campo.
O Flamengo não lembrava em nada o time que goleou o Defensa y Justicia e o São Paulo lembrava a atuação contra o Racing.
Mas, aos 24', deu-se um apagão inexplicável na defesa do São Paulo e, em cobrança curta de escanteio para Diego, ele pôs a bola na pequena área, Willian Arão, livre, furou, e Bruno Henrique, também livre, empatou: "Agora valeu, meu amor!", disse o artilheiro.

Valeu o 1 a 1 e, aos 27', a virada dele mesmo, em golaço de fora da área.
A escrita não resistiria ao décimo jogo?

Sara saiu e Benítez entrou para buscar, ao menos, a manutenção dela com novo empate.
Em vão.
O cara estava impossível.
Em novo escanteio pela direita, aos 32', Bruno Henrique subiu na primeira trave e fez o terceiro gol dele e do Flamengo: 3 a 1.

Então o médico rubro-negro, Tanure, resolveu provocar, acabou expulso e causou cinco minutos de interrupção do ótimo espetáculo. Papelão, doutor!
Aos 40', Rodrigo Caio cabeceou para Gustavo Henrique fazer 4 a 1, o Flamengo ficou igual ao que fez no Defensa y Justicia e o São Paulo lembrou a Seleção Brasileira contra a Alemanha.
Daí foram descansar também Diego, Arrascaeta e Gabigol, para Thiago Maia, Vitinho e Pedro entrarem.
Faltava o gol de Michael e, aos 46', não faltou mais: 5 a 1, mas o gol foi dado para Wellington, contra.
O que o São Paulo vai explicar quando chegar em casa, se é que achará o caminho de volta do Morumbi, é algo que ninguém sabe.
Talvez deva buscar a resposta na Gávea, mais perto do Maracanã.
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