Santos ganha do São Paulo à moda Diniz
Santistas e são-paulinos levaram a sério demais o San-São e quiseram resolver à força o clássico, num show de peitadas, encontrões, tranças-pés, e pouco futebol até que…
Até que, aos 27 minutos de jogo, Camacho, o homem de confiança de Fernando Diniz, fez grande lançamento para Jean Mota pela direita, ele matou a bola com categoria no pé esquerdo e com o mesmo pé pôs a feitio para Marinho abrir o placar.

O Santos se animou e por pouco não aumentou em seguida, com Kaio Jorge.
Animou-se ainda mais quando, aos 42', Luciano teve de sair, em prantos, com lesão muscular, trocado por Rojas.
E muito mais ainda quando, no minuto seguinte, Liziero se lembrou dos tempos sob o comando de Fernando Diniz, saiu jogando errado e deu a bola para Kaio Jorge, dentro da área tricolor, entregar a Gabriel Pirani para o Santos fazer 2 a 0, num dos gols mais fáceis de sua vida.

Diniz, no banco santista, sorria satisfeito: "Deu certo", havia de estar pensando.
Em busca da primeira vitória no Brasileirão, o Tricolor foi para o intervalo com um problemão para resolver.
O São Paulo voltou com a cabeça mais no lugar e a bola no chão, correu riscos de levar o 3 a 0, mas também criou chances para diminuir.
Aos 16', Marinho bateu falta no travessão de Volpi e o Santos seguiu superior.
Dez minutos depois, três trocas: Marinho saiu para Lucas Braga jogar e Sara e Éder deram lugar a Benítez e Galeano.
De troca em troca o Santos esgotou as dele e o goleiro John se machucou pedindo a impossível substituição. Teve que aguentar por quatro minutos e, embora o São Paulo quase tenha diminuído por duas vezes trocando bolas na área, não conseguiu chutar uma vez sequer entre as três traves.
Com péssimo início como nunca no Brasileirão, resta ao São Paulo fazer campanha de recuperação em busca de lugar digno e concentrar esforços na Copa do Brasil, que jamais venceu.
Mais que isso será soberba. O Paulistinha cobra seu preço.
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