O direito ao sonho olímpico

Não há um atleta no mundo que não sonhe em disputar uma Olimpíada.
Não há, também, uma federação esportiva que não almeje conquistar uma medalha olímpica.

Daí tanto Pedro quanto Daniel Alves terem todo o direito de querer disputar os Jogos de Tóquio. Assim como a CBF.
Dito isso é do conhecimento geral que o futebol masculino é o único esporte que há décadas não dá às Olimpíadas a importância que até mesmo o basquete passou a dar desde 1992, em Barcelona, quando os Estados Unidos montaram o seu chamado Dream Team.
A CBF conquistou no Rio a medalha de ouro que faltava ao seu currículo.
De lá para cá o que tinha menor importância deixou de ter a mínima relevância. Para a Seleção Brasileira, importante é a Copa do Mundo — e mais nada.
E atletas como Pedro e Daniel Alves deveriam ter claro que os que lhes pagam os salários não podem ser relegados a segundo plano.
O que a CBF faz ao convocá-los é pura cafajestagem, nada mais, por botá-los entre a cruz e a espada.
E como os clubes não têm a obrigação de cedê-los só lhes resta negá-los em defesa de seus torcedores.
Se o São Paulo deve dinheiro a Daniel Alves são outros 500, ou 10 milhões.
Ser chantageado por causa da dívida, a rigor, decreta o fim do relacionamento entre clube, jogador e torcedor.
Já ao Flamengo resta lembrar a Pedro que ele foi repatriado a duras penas e tem um contrato a cumprir, por mais que entenda sua frustração.
Está mais que na hora de pôr a CBF em seu devido lugar.
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