Rildo, o último romântico do futebol
Por ROBERTO VIEIRA
Syer Barbosa viu o menino nas categorias de base do Sport.
Ligou pro Botafogo do Rio.
Ligou ou mandou telegrama.
Telefone era coisa difícil no final dos anos 50.
Tem cobra na Ilha.
O Santa Cruz entrou na parada.
O irmão Beroaldo tinha jogado pelo tricolor.
Mas Rildo da Costa Menezes foi pro Rio de Janeiro.
Agradou.
Vice-campeão de juvenis contra o Flamengo.
Surpresa:
'Vamos na excursão da América Central?'
Futebol e serviço militar no 8º Grupo de Artilharia.
Saudades da comidinha de Dona Maria Judith.
Lembranças dos conselhos de Seu Antônio.
O sonho de jogar ao lado de Nilton Santos.
Rildo herda a lateral esquerda do ídolo.
Marca um gol em Copas como Nilton.
Rildo que um dia virou o grande amigo de Pelé.
E se mandou para o Cosmos.
Rildo que ontem disse adeus a todos nós.
Rildo que sempre foi um romântico da bola e do coração.
Rildo que deixa imensas saudades nos amigos.
Hoje, Pelé está triste, muito triste.
Pelé e todo o futebol brasileiro…

Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/