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Blog do Juca Kfouri

São Pablo é o dono do Choque-Rei

Juca Kfouri

16/04/2021 23h53

Na casa do Palmeiras, o São Paulo jogou todo o primeiro tempo como se fosse o mandante, tomando iniciativa, ficando muito mais com a bola, se impondo, mas capaz de criar apenas uma chance de gol, em cabeçada de Luciano para fora.

Se o goleiro Vinicius não fez defesa alguma, Tiago Volpi, então, nem tiro de meta batia, correu o risco até de pegar uma gripe.

O Alviverde jogava com seu time B e o Tricolor com o A.

Mas, sempre é bom lembrar, o B tem Felipe Melo, Scarpa, Luiz Adriano, Willian, quer dizer é B em termos.

Finalmente, aos 10 minutos do segundo tempo, Scarpa deu o primeiro chute perigoso do Choque-Rei, de fora da área, para ótima defesa de Volpi.

Era pouco para o clássico que prometia mais.

Mas, aos 17', Vinicius saiu jogando com Gustavo Scarpa, ele vacilou, Daniel Alves roubou a bola e deu para Pablo na cara do gol fazer 1 a 0.

O jogo tinha mais a cara do 0 a 0, Pablo não estava nada bem, mas se alguém tinha de fazer um gol era mesmo o Tricolor.

Agora, uma coisa é inegável: o que trabalha o time de Hernán Crespo é uma grandeza e trabalha com organização.

Aos 25', o São Paulo pôs Eder no lugar de Igor Gomes e, em seguida, o Palmeiras fez três trocas: Fabinho, Patrick de Paula e Gustavo Garcia nos lugares de Scarpa, Felipe Melo e Mayke.

Abel Ferreira vivia seu pior momento desde que chegou ao Brasil, apesar de a semana ter começado com ótima exibição contra o Flamengo.

Willian fora assim como Luiz Adriano, para Papagaio e Wesley jogarem, aos 30'.

Quatro minutos depois o autor do gol saiu e Vitor Bueno entrou, mas estava consagrado como São Pablo.

Benitez e Liziero também foram chamados para jogar os minutos finais, depois dos 40', nos lugares de Luciano e Rodrigo Nestor.

Em resumo, como o São Paulo seguiu mais perto do segundo gol, o resultado acabou por ser justo, embora no derradeiro segundo o Palmeiras quase tenha empatado.

E pela segunda vez o Tricolor sai da casa verde vitorioso, para acabar com a última invencibilidade do Paulistinha.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/