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Blog do Juca Kfouri

Santos maltrata San Lorenzo e magoa o Papa

Juca Kfouri

06/04/2021 23h24

O Santos correu riscos e deu a impressão, no comecinho do jogo em Buenos Aires, que teria muitos problemas com a marcação por pressão do San Lorenzo.

Mas logo aos 7 minutos Lucas Braga fez bela jogada individual pela esquerda da área e marcou um golaço, para deixar os portenhos com um elefante atrás da orelha.

Embora o SL não desistisse de marcar alto e tenha criado pelo menos uma chance clara para empatar, quem voltou a marcar foi Marinho, de pênalti, aos 45', feito no menino Marcos Leonardo: 2 a 0.

No intervalo do jogo no Nuevo Gasómetro o placar era o melhor possível para os brasileiros. Restava mantê-lo.

Há mais de três semanas sem disputar um jogo, o Santos mostrava ter aproveitado bem o tempo para azeitar o taco sob a batuta de Ariel Holan que, de resto, conhece bem o SL.

Marinho fazia sua primeira partida na temporada depois de ser pego pela covid e Soteldo estava no banco. Os novos meninos da Vila davam conta do recado.

O paraguaio, e ex-corintiano, Ángel Romero, que em 2018 chamou o Santos de "time pequeno", não fazia nada com a camisa do Ciclone, mais para ventinho engolido pelo Peixe que quase ampliou com Lucas Braga, aos 57'.

Diga-se que o jogo era franco, lá e cá, bom de se ver, coisa que o Papa Francisco devia estar fazendo no Vaticano, "cuervo" que é.

Aos 72', Romero diminuiu, em falha de Pará: 2 a 1.

O que estava tranquilo, se complicou e três minutos depois, num rebu não área brasileira, Óscar Romero, o irmão de Ángel, jogou o empate por cima.

A inatividade cobrava seu preço e estranhamente Holan não fazia nenhuma troca.

Enfim, aos 83', fez três de uma vez: Bruno Marques, Soteldo e Ângelo nos lugares de Marcos Leonardo, Marinho e Gabriel Pirani.

Com sangue novo, logo o Santos reequilibrou o jogo e Soteldo criou a chance do 3 a 1.

E, aos 94', o baixinho venezuelano puxou o contra-ataque e deu na medida para Madson bater cruzado, o goleiro dar rebote e Ângelo, 16 anos, fazer o terceiro.

Em Brasília, na terça-feira que vem, o Santos tem tudo para garantir a sétima vaga brasileira na fase de grupos da Libertadores.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/