Peñarol dá mais uma lição em Mancini

O Corinthians passou a noite sofrendo com dois Facundos: o jovem uruguaio Facundo Torres, 21, que atormentou a defesa alvinegra, e o assoprador de apito argentino Facundo Tello, 38 anos.

Dois Facundos numa Itaquera só é dose.

Ele viu, mas não marcou, um pênalti em Luan já no fim do primeiro tempo em que o Peñarol, muito menos com a bola, e muito mais objetivo, ia vencendo o time brasileiro por 1 a 0, gol, aos 13 minutos , de Gonzalez, depois que, por ironia, o uruguaio corintiano Bruno Mendez perdeu a bola no meio de campo.

Vagner Mancini deixou a garotada no banco como se temia e insistiu com Luan e Jô.

O primeiro se mexeu muito e perdeu dois gols incríveis.

O segundo parecia uma estátua e perdeu outro gol incrível, quando jogou como zagueiro em vez de centro-avante.

Esquisito, o Mancini: escolhe os cascudos e deixa Jemerson no banco para escalar Mendez.

O primeiro tempo foi bem gostoso de se ver e o placar moral era 2 a 2.

Fagner brilhava solitário, mas Léo Natel e Jô não colaboravam.

No segundo tempo, aos 55', em nova descida uruguaia, 2 a 0, em belo gol de Terans. Fácil como tirar bala da boca de criança.

Daí, Mancini mexeu! Jenial, com J.

Pôs Mosquito, Vitinho e Ramiro e sacou Léo Natel, Camacho e Luan.

Depois, aos 70', pôs Cauê e Gabriel Pereira nos lugares de Otero e Jô.

Ou seja, os velhos fazem a lambança e os meninos que a limpem, entendeu?

Será que Mancini aprendeu a lição dada pelo Peñarol?

Fagner, o que se salvou, ainda bateu falta na trave, aos 88'.

O Corinthians segue em sua via-crucis criada por Andrés Sanchez, cujas contas foram reprovadas, e que continua por aí impune, parceiro do atual presidente, eleito pelos cúmplices do Parque São Jorge.

No domingo o Alvinegro recebe o São Paulo, preparado para quebrar a escrita de jamais ter vencido em Itaquera apesar de estar preocupado com a Libertadores.

Pobre Corinthians, a nova piada para fazer a Fiel sofrer.

A Copa Sul-Americana já era.