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Blog do Juca Kfouri

Parece mentira, mas o Corinthians ganhou de novo

Juca Kfouri

11/04/2021 21h56

Depois de ver Flamengo e Palmeiras jogarem futebol em altíssimo nível, é difícil dizer que Guarani e Corinthians disputaram um jogo do mesmo esporte.

O gramado do Brinco de Ouro da Princesa estava em perfeitas condições, a iluminação era boa, o nome do estádio é belíssimo, a bola redonda, mas o que os dois times fizeram no primeiro tempo nem de longe lembrava um jogo de futebol.

Verdade que o Guarani até tentou, sem conseguir.

O Corinthians nem isso.

E logo no início do segundo tempo, quase houve um gol, evitado por Cássio em arremate de Índio, no primeiro lance que lembrou o ludopédio, embora de cabeça.

Nessas alturas, Vagner Mancini que havia tido um tempão para dar um mínimo de padrão ao Alvinegro, já havia sacado Ramiro para Cantillo jogar, em busca de um mínimo de criatividade.

Mas o Guarani havia perdido completamente o respeito pelo invicto Corinthians e, aos 12', acertou a trave de Cássio com Régis.

O 0 a 0 não era justo para o time campineiro.

Mosquito e Varanda foram embora e Otero e Léo Natel chegaram.

Na primeira bola que Otero pegou ele fez simulação grotesca e recebeu cartão amarelo, retrato perfeito do Corinthians.

Só Cássio explicava o 0 a 0. E a ruindade dos atacantes do Guarani.

Dava pena do goleiro e, principalmente, da Fiel, porque, ao menos, ele é pago, ao contrário do torcedor, que paga até mico, ou principalmente.

Lembremos que o Guarani está na Série B nacional e, se não subir em 2021, tem grande possibilidade de encontrar o Corinthians em 2022, herança da gestão Andrés Sanchez, considerado pelo atual presidente alvinegro, e seu parceiro, como o melhor da história do clube, razão pela qual passará a ser chamado, aqui, de Duílio "Sanchez" Alves.

Então, aos 27 minutos, na primeira investida dos visitantes, em lance lotérico, Léo Natel cruzou da direita, a bola bateu no travessão, e o estreante Cauê cabeceou para consumar a injustiça: 1 a 0.

Aos 35', Jô e Camacho nos lugares de Cauê e Vitinho.

Mais uma vez o Corinthians ganhava sem jogar bulhufas, dez jogos sem perder, quarta vitória seguida no Paulistinha. Parece mentira, mesmo em se tratando do Paulistinha.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/