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Blog do Juca Kfouri

Flamengo dá novo show de bola

Juca Kfouri

05/04/2021 22h56

Depois da estreia do time A do Flamengo, e da vitória por 3 a 0 sobre o Bangu, os rubro-negros receberam muitos elogios pela beleza da atuação — e muitas críticas pelos gols perdidos.

Aqui mesmo se recomendou que Rogério Ceni pusesse o time para treinar finalizações, com exceção de Arrascaeta.

Pois parece que ele seguiu o conselho…

Porque em 29 minutos o Flamengo vencia o Madureira, em quarto lugar, invicto, e na frente de três grandes, por 3 a 0.

E só não ganhava de mais graças ao levantador de bandeirinhas que anulou gol legal, logo aos 7', o 1 a 0 dos pés de Bruno Henrique e na cabeça de Gabigol.

Fora duas bolas na trave no mesmo lance, aos 13', em cabeceio de Bruno Henrique e, depois, em arremate de Diego.

Daí, Bruno Henrique sofreu pênalti e Gabigol abriu o placar, aos 16', Gerson ampliou aos 21' e Gabigol fez 3 a 0, aos 28'.

Gol perdido mesmo só de Everton Ribeiro, aos 39', compensado por Diego, quatro minutos depois, para fazer 4 a 0 e deixar no ar a pergunta se acabaria oito.

Um show de bola, atropelamento sem dó nem piedade, treino de luxo para decidir a Supercopa do Brasil, no domingo, no Mané Garrincha, contra o Palmeiras.

A intensidade se manteve no segundo tempo, a cada ataque a sensação do quinto gol, mas já com certo preciosismo, mais diversão que concentração, o que, cá entre nós, faz parte.

Também porque o Madureira deixou de querer jogar de igual para igual e tratou de procurar evitar uma catástrofe histórica.

E aí, aos 12', quem fez gol foi o Madureira, para diminuir: 4 a 1. Luiz Paulo subiu sozinho na primeira trave em cobrança de escanteio.

Pronto!

Os 8 a 0 de 1957, e de 1982, não voltariam a acontecer. E já havia motivo para criticar a defesa rubro-negra. Aliás, na pausa para hidratação, Diego Alves chamou a atenção de Gerson pela falha.

Gabigol desperdiçou o 5 a 1 na saída de bola, mas Arrascaeta, com brilho, fez, aos 20'.

Novos gols não aconteceram, o Flamengo fez as cinco trocas a que tinha direito e a Nação foi dormir contente com novo show de bola.

Estranha e curiosamente nos acréscimos o tempo fechou por duas vezes, graças a um assoprador banana que deu acréscimos desnecessários em jogo mais que decidido.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/