Em jogo gigantesco, Mengão é bi-supercampeão do Brasil

Primeira observação: dizem que quanto maior a expectativa, maior a decepção.
Pois eis que Flamengo e Palmeiras trataram de desmentir a máxima.
Porque fizeram um GIGANTESCO primeiro tempo, para europeu nenhum botar defeito.
De cara, antes mesmo de o jogo começar, o golaço de Raphael Veiga, ao dar uma meia-lua sensacional, de calcanhar, em Willian Arão e arrematar de pé de esquerdo, em bola cortada por Felipe Melo de cabeça após chutão de Diego Alves.

O Flamengo sentiu, mas só um pouco e logo tratou de se impor, mas sempre exposto aos bons contra-ataques alviverdes.
Com a boa escolha de Abel Ferreira ao escalar Wesley, a velocidade paulista assustava, enquanto os cariocas tinham seguidas cobranças de escanteios e ganhavam todas as segundas bolas.
Até que Luan cortou mal no bico esquerdo da área, entregou para Arrascaeta, e o uruguaio deu para Filipe Luís fazer uma festa entre os zagueiros, deu um come no zagueiraço Gustavo Gómez, até arrematar na trave.
Adivinhe quem estava colocado para pegar o rebote de pé esquerdo?
Gabigol empatou: 1 a 1!

O jogo seguiu brilhante, ataque pra cá, ataque pra lá, um pênalti em Wesley que só o VAR para ver que não foi, uma bola salva de chaleira por Diego na linha fatal em chute de Breno Lopes, Weverton fez milagre cara a cara com Bruno Henrique, que jogo!

Até que, aos 48', a defesa verde viu Arrascaeta cortar da esquerda para direita na entrada da área e chutar com liberdade para virar: 2 a 1.

Era justo, mas qualquer placar seria justo, tão bem estavam os dois times dentro de seus estilos,
E o segundo tempo começou no mesmo estilo, lá e cá, franco, com Gabriel Menino e Danilo nos lugares de Felipe Melo, amarelado, e Zé Rafael. Sem Abel Ferreira, expulso ainda no primeiro tempo ao reclamar, com razão, da falta de cartão amarelo em Diego.
Aliás, o único senão era o excesso de faltas, mais do Palmeiras.
Eram iminentes tanto o empate quanto o 3 a 1.

Mayke e Gabriel Veron, aos 59', nos lugares de Marcos Rocha e Wesley, e João Gomes e Matheuzinho nos de Diego e Isla, aos 60'.
Aos 70', Gabigol chutou incrivelmente o 3 a 1 por cima na saída de Weverton, um gigante embaixo das traves.
Em seguida, Rodrigo Caio fez pênalti infantil em Rony ao segurá-lo depois de mais um erro de passe de Everton Ribeiro em jornada muito ruim.
Raphael Veiga bateu e empatou: 2 a 2.

Era justo!
Qualquer placar seria justo àquela altura.
Um verdadeiro duelo entre dois ótimos times e, talvez, dois erros dos treinadores: Everton Ribeiro e não Diego deveria ter sido substituído, assim como Breno Lopes, e não Wesley.
Aos 78', Everton Ribeiro saiu, enfim, trocado por Vitinho.
O Palmeiras estava mais forte, se impunha mais, e parecia mais perto da vitória.
Aos 84', Vitinho bateu, Weverton desviou e a trave salvou. Que jogo!
Pepê e Michael, aos 87', nos lugares de Gerson e de Bruno Henrique.
Sim, o banco do Palmeiras é muito melhor que o do Flamengo e ainda usou Gustavo Scarpa no lugar de Rony, aos 90', para bater pênalti.
Com cinco minutos de acréscimos, o Flamengo buscava evitar os pênaltis e já não tinha Diego, Gerson e Everton Ribeiro, três exímios batedores.
Aos 93', Gabigol bateu cruzado, sem ângulo, Weverton defendeu parcialmente, a bola deu a sensação de ter entrado, mas o VAR mostrou que não.
E vieram os pênaltis.
Era justo! Porque ninguém merecia perder, os dois, na verdade, mereciam vencer.
Os números finais do jogo:

Raphael Veiga fez 1 a 0.
Arrascaeta empatou.
Gustavo Gómez fez 2 a 1.
Filipe Luís, o melhor em campo, bateu no travessão…
Gustavo Scarpa fez 3 a 1.
Matheusinho bateu e Weverton defendeu.
Luan bateu o pênalti do título e Diego Alves defendeu.
Vitinho diminuiu: 2 a 3.
O menino Danilo bateu e Diego pegou de novo!
Gabigol empatou 3 a 3. De matar!
Viña fez 4 a 3.
João Gomes empatou.
Racha a taça, CBF!
Gabriel Menino bateu e Diego Alves fez nova defesa!
Pepê bateu e Weverton defendeu o chute do bi.
Divide a taça, CBF!
Gabriel Veron fez 5 a 4.
Michael empatou 5 a 5.
Dá a taça pros dois, CBF!
Mayke bateu e Diego pegou pela 3ª vez.

Rodrigo Caio deu o bi para o Mengão. Ele que havia cometido o pênalti bobo…

Sétimo jogo invicto do Flamengo diante do Palmeiras, quarto empate, num jogo para a História do Futebol Brasileiro.
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