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Blog do Juca Kfouri

Corinthians não pode nem com o River Plate genérico

Juca Kfouri

22/04/2021 23h23

O Corinthians é um caso sério.

Não haverá boas notícias para o corintiano em 2021 e não haverá altos e baixos, só baixos.

Como hoje, contra o River Plate genérico, o paraguaio.

Num ótimo gramado, o caro time alvinegro pareceu ser capaz de liquidar logo com o frágil adversário, lanterninha do Campeonato Paraguaio.

Mas como liquidar com quem quer que seja com Luan, Léo Natel e Jô?

As coisas foram se encaminhando tão mediocremente que o River acabou criando as duas melhores chances de gol no primeiro tempo.

E não adianta o torcedor reclamar, exigir mais do que os jogadores podem dar, porque quem os trouxe é que são responsáveis.

O Corinthians não será campeão paulista, da Copa do Brasil, da Sul-Americana e muito menos do Brasileirão.

Neste último terá de cuidar de não cair.

É o que resta depois da gestão de Andrés Sanchez.

Provavelmente Vagner Mancini acabe pagando o pato, mas, cá entre nós, é o treinador certo para o atual elenco alvinegro.

Pep Guardiola não faria melhor e custaria o que o Corinthians não pode pagar.

O ideal, aliás, seria o Corinthians pedir licença dos campeonatos por um ano se isso fosse possível. Evitaria irritação da Fiel, exposição jogadores ruins, pouparia os poucos bons e buscaria soluções para pagar as dívidas, embora, sem jogar, como arrecadar?

Percebe? Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.

Graças ao bando que tomou conta do Corinthians, no segundo tempo, aos 70 minutos, quase gol, do River, salvo pelo travessão.

Mosquito e Cauê foram para o jogo aos 76', nos lugares de Otero e Jô, duas inutilidades, assim como Luan, Léo Natel, Cantillo.

Enfim, aos 77', o Corinthians fez boa jogada que acabou nos pés de Luan e o goleiro Azcona impediu o gol.

Aos 87', Gabriel Pereira e Vitinho substituíram Léo Natel e Luan.

No primeiro chute de Vitinho, Azcona fez grande defesa, aos 93'.

E a pelada terminou como começou, ou pior, porque quando iniciou havia uma esperança, tênue, mas havia.

Quando finalizou só havia detritos e decepção.

O corintiano vai precisar ter paciência de Jó.

O torcedor paraguaio dirá que empatou com um bicampeão mundial. Já pensou? O Juventus da rua Javari empatando com o Barcelona?

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/