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Blog do Juca Kfouri

City vira e fica perto da final na Champions

Juca Kfouri

28/04/2021 17h52

Enquanto o Manchester City queria cadenciar o jogo em Paris, o PSG queria botar fogo nele.

E se deu muito melhor durante todo o primeiro tempo, com Neymar muito bem, Mbappé nem tanto, Di Maria excepcional e Marquinhos soberano atrás e na frente, a ponto de fazer 1 a 0, de cabeça, em escanteio batido pelo argentino, aos 16 minutos.

Depois de aplicar diversas blitzes na área inglesa, risco mesmo os franceses correram apenas um, quando, já no fim, Foden teve a chance do empate e chutou em cima de Navas, com o gol à disposição.

Fato é que Pep Guardiola deve ter convencido seu time no intervalo de que daquele modo os "cidadãos" jamais fariam um gol e o time voltou ao gramado do Parque dos Príncipes com a faca entre os dentes.

Claro, sob a ameaça permanente de tomar o 2 a 0 do melhor contra-ataque do mundo.

Com 15 minutos o MC trocou o português Cancelo pelo ucraniano Zinchenko.

E, em seguida, por acaso, aos 64', De Bruyne pôs a bola na área para alguém tocar, ninguém tocou, Navas bobeou e o jogo estava empatado 1 a 1, para dar o 0 a 0 de presente em Manchester na terça-feira que vem.

Com o empate na mão o City pôs a bola no pé e tomou conta até ter uma falta a seu favor na entrada da área e virar o jogo na cobrança de Mahrez, porque a barreira abriu e matou o goleiro Navas, aos 71'.

Mantida a vantagem, o PSG terá de vencer por 2 a 0 ou 3 a 2 e daí por diante na Inglaterra.

Os franceses perderam a cabeça, Marquinhos levou um cartão amarelo por falta em De Bruyne, Neymar levou outro por bater em Rúben Dias e, aos 76', Gana Guye pegou Gundogan criminosamente para ser expulso quando merecia ser preso.

Então, para recompor, Danilo entrou no lugar de Di Maria, porque a tendência era a do City ampliar a virada.

O jogo ficou tão quente que, pela primeira vez na vida, o belga De Bruyne pisou em Danilo e deve agradecer por ter recebido apenas o cartão amarelo.

O PSG não se entregava e o City não aliviava, mas nem Neymar nem Mbappé faziam bom segundo tempo, ao contrário.

Pinta uma final inglesa entre City e Chelsea em Istambul, dia 29 de maio, veja só.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/