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Blog do Juca Kfouri

Um pouco de Soteldo bastou para ganhar do Corinthians

Juca Kfouri

17/02/2021 20h08

Antes de começar o clássico na Vila Belmiro, uma boa notícia para os visitantes corintianos e uma má para os anfitriões santistas: Soteldo estava no banco, com problemas físicos.

Michel, o substituto do suspenso Fagner, que teria de marcar o venezuelano, deve ter agradecido aos céus.

O jogo começou com bom nível, o Corinthians melhor e criando boa chance mal aproveitada por Mosquito.

Mas os refletores se apagaram aos 12 minutos e quando o primeiro tempo recomeçou, 16 minutos depois, o primeiro tempo não recomeçou, porque já tinha acabado: não aconteceu rigorosamente nada até o fim.

Nem parecia que uma possível vaga na Libertadores estava em jogo.

Até Marinho não jogava bulhufas.

Mas Soteldo veio para o segundo tempo!

E na primeira combinação entre os dois extremas praianas, aos 6', Soteldo saiu na cara de Cássio que deu rebote em ótima defesa e Fábio Santos salvou o novo arremate do santista.

Aos 9', não teve jeito: Soteldo soltou a bomba, Cássio deu novo rebote, Marinho pegou e deu para Marcos Leonardo fazer 1 a 0.

O Santos tem o que falta ao rival: jogadores decisivos.

O Santos tomava o oitavo lugar do Athletico e a provável vaga no torneio continental.

Cazares e Otero foram para o jogo que já parecia perdido.

Aos 18', Soteldo sentiu a lesão e saiu. Já tinha feito a sua parte.

E Jô entrou para tentar fazer a parte dele, o que há tempos não faz.

O Peixe completava sua sétima partida sem derrota para o rival em Brasileirões, a quarta vitória desde 2017.

Aos 39', Marinho também teve de sair e nem por isso o Corinthians ameaçou, limitando-se a levantar bolas na área.

Ao contrário, nos acréscimos, por pouco Bruno Marques não ampliou.

Ao impotente Corinthians restou tentar rebaixar o Vasco como o Vasco fez com ele em 2007, na penúltima rodada e, talvez, atrapalhar o título do Inter na última, como em 2005.

Medíocre é o adjetivo que time e diretoria merecem.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/