Os 12 do Vasco
Por ROBERTO VIEIRA
A televisão mostra ao mundo.
Flamengos e Internacionais.
Mas o olhar do nosso herói repousa em São Januário.
Doze do Forte.
Doze da Gama.
O Vasco precisa vencer por 12×0.
Ou por 9, 8, 7×0.
Desde que o rival Fluminense saia goleando o Fortaleza.
Ele está mudo.
Até que na televisão adentram…
Barbosa, Augusto e Rafanelli; Eli, Danilo e Jorge; Nestor, Maneca, Dimas, Ismael e Chico.
O Expresso da Vitória.
Sonho?
Ele bateu as botas de desgosto e não sabe.
Quando se belisca já está 2×0.
Ismael deita e rola.
Dimas joga com a naturalidade de goleador.
Exibida até muitos anos depois no América do Recife.
Eli do Amparo espana o ataque do Goiás com seus três metros de altura.
Maneca e Danilo.
14×1.
O Fortaleza perde.
O Vasco permanece na Série A.
Barbosa entrevistado nas rádios é cirúrgico.
Nos sentimos em 1947.
Parecia até que o Goiás era um Canto do Rio.
Flamengo, Rafanelli?
Flamengo es nuestro eterno cliente!
E olha que o Ademir nem estava em campo.
Nosso herói?
Chorou coitado por quarenta dias e quarenta noites.
Chorou por saber que o sonho de hoje.
Já foi a mais bela realidade do futebol brasileiro.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/