Palmeiras joga bem, mas cede empate ao Grêmio
O Palmeiras que começou a enfrentar o Grêmio não tinha nada a ver com aquele que enfrentou o River Plate.

Tomou a iniciativa do jogo, quase abriu o placar com menos de um minuto e seguiu fustigando o tricolor gaúcho até o 25º minuto, sem que Weverton interviesse nem sequer uma vez, contra três defesas de Vanderlei.
Aos 22', Rony acertou a trave.
Aos 23' foi a vez de Willian acertá-la.
O Grêmio parecia grogue, desinteressado, letárgico, uma droga.
Só aos 27', Weverton apareceu pela primeira vez, sem maio dificuldade.
Acredite se quiser, aos 30', Breno Lopes mandou a terceira bola na trave gaúcha.

O Palmeiras trocava passes e envolvia o Grêmio como queria, até que, aos 32', Willian roubou a bola do ingênuo Rodrigues, cruzou rasteiro, Rony furou e Raphael Veiga acertou a rede, o gol, nada de trave, 1 a 0.
Era para estar, no mínimo, 3 a 0.
E o Verdão, que depende só dele para ser campeão, enterrava a péssima impressão deixada contra o River, enquanto o Grêmio parecia ser time da Série C.
Dá para imaginar a bronca de Renato Portaluppi no intervalo.
A única que Abel Ferreira poderia dar era pelo Alviverde não ter matado o jogo no primeiro tempo, porque chances criou para tanto.
O recado ao Corinthians, rival na segunda-feira, estava dado: nem vem de garfo que vai ser dia de sopa.
Estranhamente, o Grêmio não mexeu para o segundo tempo.
Com dez minutos, porém, deu para entender, porque era outro Grêmio, competitivo, disposto a enfrentar o Palmeiras, o que não havia feito até então.
Por sua vez, ao Palmeiras restou um jogo à sua feição, ao explorar as possibilidades de contra-ataques, com bolas esticadas para Rony, embora numa noite confusa.
Campeão paulista, vivo no Campeonato Brasileiro e finalista nas copas do Brasil e Libertadores, o Palmeiras permanecia capaz da quadriplice coroa, algo extraordinário.
Aos 20', Vanderlei fez das maiores defesas do campeonato, em bomba à queima-roupa de Willian, após cruzamento de Rony. Seria um golaço. Foi um milagraço.
Alan Empereur e Rony saíram e o chileno Kuscevic e Luis Adriano entraram. O jogo era muito bom e o Palmeiras seguia superior.
O também chileno Pinares no lugar de Thaciano foi a resposta gaúcha.
Susto mesmo, o palmeirense levou aos 32', quando Jean Pyerre bateu falta desviada na barreira e a bola passou rente à trave.
Lucas Lima e Scarpa, nos lugares de Veiga e Willian.
Maicon e Luis Fernando nos de Alísson e Matheusinho.
Com apenas 1 a 0, que não refletia o andamento do clássico, o jogo estava aberto aos 40'.
Tão aberto que Diego Souza desperdiçou o empate aos 41', com defesa de Weverton.
Mas, aos 42', Luiz Fernando pôs a bola na cabeça de Diego Souza e ele empatou: 1 a 1.
Justo não era, mas era o que era.
O Palmeiras já não dependia mais de seus resultados…
E o Grêmio segue vivo.
Aliás, só não virou porque Weverton fez grande defesa em cobrança de falta por Diego Souza, aos 47'.
A injustiça já não foi tão grande.
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