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Blog do Juca Kfouri

De igual para igual, e até melhor, Santos é prejudicado, mas traz bom empate

Juca Kfouri

06/01/2021 21h07

Diferentemente do Palmeiras que teve a humildade de não enfrentar o River Plate de igual para igual, e saiu-se maravilhosamente, o Santos encarou o Boca Juniors, na Bombonera, como se estivesse na Vila.

Jogou pra frente, buscou o gol, não se intimidou.

Verdade que o primeiro tempo foi insosso, sem nenhuma emoção digna de nota a não ser uma bola mandada no travessão de John por Villa, mas o colombiano estava em impedimento.

O perigo xeneize estava em que o Boca gosta de se fingir de morto para picar em contra-ataques.

Emoções mesmo, se houvesse, ficaram para o segundo tempo.

E nem bem o segundo tempo começou para John ter que defender bom arremate de Salvio, pela direita.

Com dez minutos Soteldo saiu e Sandry entrou, não ficou claro se por motivos táticos ou se por lesão.

Seja como for, resultava em um Santos menos ofensivo diante de um Boca mais agressivo.

O panorama de monotonia se mantinha quando o jogo completou uma hora. Melhor para os brasileiros.

Aos 63', Marinho teve uma chance, mas bateu fraco.

Aos 70' o Santos já estava outra vez melhor que o Boca e, aos 73', Marinho foi derrubado na área, mas o assoprador não marcou e o VAR , criminosamente, não se manifestou.

Pênalti contra o Boca, na Conmebol, só se houver tiro, facada.

Kaio Jorge, apagado, foi trocado por Madson.

Cuca trabalhava com segurança e tinha motivo para reclamar da arbitragem, que já tornava injusto o resultado do jogo.

Fotos: Olé

Veríssimo se machucou e Laércio o substituiu.

A decisão ficou mesmo para a Vila Belmiro, na quarta-feira que vem.

O Santos está perto de sua quinta decisão no torneio continental, mas sabe que nada está resolvido.

Lembrando que pode ser o primeiro clube brasileiro a virar tetracampeão.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/