De igual para igual, e até melhor, Santos é prejudicado, mas traz bom empate
Diferentemente do Palmeiras que teve a humildade de não enfrentar o River Plate de igual para igual, e saiu-se maravilhosamente, o Santos encarou o Boca Juniors, na Bombonera, como se estivesse na Vila.
Jogou pra frente, buscou o gol, não se intimidou.
Verdade que o primeiro tempo foi insosso, sem nenhuma emoção digna de nota a não ser uma bola mandada no travessão de John por Villa, mas o colombiano estava em impedimento.
O perigo xeneize estava em que o Boca gosta de se fingir de morto para picar em contra-ataques.
Emoções mesmo, se houvesse, ficaram para o segundo tempo.
E nem bem o segundo tempo começou para John ter que defender bom arremate de Salvio, pela direita.
Com dez minutos Soteldo saiu e Sandry entrou, não ficou claro se por motivos táticos ou se por lesão.
Seja como for, resultava em um Santos menos ofensivo diante de um Boca mais agressivo.
O panorama de monotonia se mantinha quando o jogo completou uma hora. Melhor para os brasileiros.
Aos 63', Marinho teve uma chance, mas bateu fraco.
Aos 70' o Santos já estava outra vez melhor que o Boca e, aos 73', Marinho foi derrubado na área, mas o assoprador não marcou e o VAR , criminosamente, não se manifestou.
Pênalti contra o Boca, na Conmebol, só se houver tiro, facada.
Kaio Jorge, apagado, foi trocado por Madson.
Cuca trabalhava com segurança e tinha motivo para reclamar da arbitragem, que já tornava injusto o resultado do jogo.
Veríssimo se machucou e Laércio o substituiu.
A decisão ficou mesmo para a Vila Belmiro, na quarta-feira que vem.
O Santos está perto de sua quinta decisão no torneio continental, mas sabe que nada está resolvido.
Lembrando que pode ser o primeiro clube brasileiro a virar tetracampeão.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/