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Blog do Juca Kfouri

Corinthians infernal passa o Santos e mostra ao Flamengo como se faz

Juca Kfouri

13/01/2021 23h19

Havia uma dúvida sobre que Corinthians enfrentaria o Fluminense em Itaquera depois de 18 dias sem atuar: sedento ou sem ritmo?

No primeiro tempo mostrou-se sedento e faminto a tal ponto que na ânsia de fazer o primeiro gol Gabriel e Fagner trombaram na entrada da área.

Dobrando a marcação para evitar as saídas de bola do Flu até demorou para que Jô fizesse 1 a 0, em cruzamento de Fagner para Gabriel e rebote do goleiro Marcos Felipe aproveitado pelo veterano artilheiro, aos 25 minutos.

A vitória apenas por um gol nem refletia o jogo, 2 a 0 seria mais adequado, com Gustavo Mosquito muito atuante e Cantillo querendo jogar a bola que o trouxe ao país.

Ao chegar o intervalo o Alvinegro tinha o mesmo número de pontos do Santos, finalista da Libertadores. Um espanto!

Lucca e Nenê nos lugares de Araújo e Hudson foram as providências tricolores para o segundo tempo.

Mas aos 10', Gustavo Mosquito puxou o contra-ataque depois de desarme de Gabriel e deu na medida para Cazares bater firme e colocado e fazer 2 a 0.

O placar, enfim, fazia justiça à superioridade paulista.

Aos 16', uma pintura!

Depois de paciente troca de passes, Cantillo lançou Fagner e o lateral bateu cruzado para fazer 3 a 0.

Sedento, faminto e competente o Corinthians de Vagner Mancini, o Mancinismo que nada tem de cínico, mas de surpreendente.

Batido e impotente, o Fluminense assistia o Timão tocar a bola até que Mateus Vital fez 4 a 0, aos 22', de fora da área.

O Corinthians empatava com o Santos também no saldo de gols e só perdia no próximo critério, o de número de gols, 39 a 34.

Mais um gol e passaria o Santos, em oitavo lugar.

Goleada estabelecida, entraram Gabriel Pereira, Léo Natel e Camacho, nos lugares de Cantillo, Mateus Vital e Mosquito.

Imagine o Flamengo, derrotado pelo Flu de virada, como se sentia ao ver o rival cair de quatro.

Aliás, de cinco, porque, aos 45', Luan fez 5 a 0 e pôs o Timão em oitavo lugar, à frente do Santos.

Everaldo e Luan substituíram Cazares e Jô e o Corinthians começava a pensar no Dérbi desta segunda-feira, na casa verde, quando o Palmeiras buscará desfazer a péssima imagem que deixou contra o River Plate e o Alvinegro manter a ótima revelada hoje.

Havia tempos que o Fiel não ia dormir tão feliz.

Mérito, indiscutível, de Mancini.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/