A estranha história da venda dos direitos das eliminatórias sul-americanas
"Jabuti não sobe em árvore. Ou foi enchente ou foi mão de gente", diz a velha máxima da política nacional.
"Jabuti não sobe em árvore. Ou foi enchente ou foi mão de gente", diz a velha máxima da política nacional.
E é o que mais se ouve desde ontem no surpreso mercado das transmissões esportivas da TV brasileira.
Como uma empresa absolutamente irrelevante sob todos os aspectos, e endividada, adquire os direitos de jogos das eliminatórias sul-americanas que a gigantesca Globo rejeitou por considerar exorbitantes?
Haverá alguém por trás para respaldar a aventura que certamente desagradará os patrocinadores da Conmebol pela exposição pífia da tal emissora que aparece como compradora?
Ou alguém está simplesmente botando o jabuti na árvore para avaliar as reações, ainda mais quando se sabe que a Mediapro, a revendedora dos direitos, só levará a negociação adiante se com garantias bancárias?
Será coincidência que ex-funcionários da depauperada Fox, o número 1 e o 2, o primeiro hoje na TV CBF, apareçam citados no noticiário, como revela o repórter do UOL, Rodrigo Mattos?
Sempre é possível, e aí está o caso da Traffic desmontado pelo Fifagate para comprovar, que haja gente poderosa por trás, que usa de suas relações para plantar verde e colher maduro.
No caso, ninguém desconhece o interesse do governo federal para enfraquecer a Globo.
A CBF recentemente se envolveu numa megalomaníaca negociação dos direitos internacionais de seu campeonato que não deu em nada, além de muita dor de cabeça.
Chegou a vez da Conmebol repetir velhos vícios?
Será que as inúmeras prisões da cartolagem mundial não ensinaram nada?
Aguarde o desenrolar de novos capítulos.
Mas já se sabe que o mocinho morre no fim.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/