Os pingos nos is do “Ibirapuera Complex”
São dois Is em Ibirapuera, o nome do parque e do conjunto esportivo numa das áreas mais valorizadas em São Paulo.
Tão valorizada que o governo estadual paulista e a prefeitura paulistana deixaram sucatear para vender a preço de banana e prometer maravilhas à população, embora o resultado final seja sempre benéfico aos compradores e aos fundos de campanhas eleitorais.

O nome Ibirapuera significa "árvore apodrecida" em tupi-guarani e a região ficava em uma área que era um grande lamaçal.
A concessão pretendida pelo governador João Agripino Doria, o Joãozinho 9 do massacre de Paraisópolis, que fez um ano sem solução, retorna ao lamaçal para entregar o histórico complexo esportivo como se fosse galho podre.
Mas o apodrecimento está a 8 quilômetros do parque, no Morumbi, mais exatamente no Palácio dos Bandeirantes, ao lado de Paraisópolis.
Depois de aparelhar o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico (Condephaat) ao excluir representantes das universidades, e povoá-lo com apaniguados, BolsoDoria golpeia a comunidade esportiva e planeja destruir mais um cartão postal da Pauliceia.
Sem pudor, como fez no Pacaembu, "terras alagadas", em tupi-guarani, ao se eleger alcaide e abandonar a prefeitura ao próprio azar, pisoteia a memória da cidade para erguer mais um shopping center, outro hotel, e excluir os cidadãos dos espaços, poucos, que sempre pertenceram à população.
Joãozinho 9 é capaz de tudo para tentar ganhar eleições, até segurar as medidas de endurecimento no combate à pandemia para ajudar seus correligionários, em vergonhoso estelionato eleitoral, como o cometido ao prometer cumprir o mandato como prefeito.

Agora distribui vídeos anunciando a excelência do que chama de "Ibirapuera Complex", porque, com complexo de vira-latas, quer trocar o tupi-guarani pelo vocabulário de Miami.
O próximo objetivo está escancarado: o Palácio do Planalto, e chegar lá custa caro.
Se conseguir, e o eleitorado brasileiro não haverá de cometer nova barbaridade como em 2018, os objetivos serão ainda mais perversos: completar o desserviço na Amazônia, no Pantanal, quem sabe se para gigantescos projetos imobiliários, enormes resorts, áreas livres para exploração mineral, agropecuária, madeireiras etc.
Destruir é a palavra de ordem da maioria dos que se elegeram dois anos atrás.
Está mais do que na hora de reagir, impedir o avanço do retrocesso e virar o jogo em 2022.
Pior que a covid-19 é a pandemia de desatinos que assola o país.
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