Flamengo miseravelmente eliminado
Se o Bruno Henrique não furar, o Juca que fure.

A piadinha sem graça, que a família ouve desde sempre, deu raiva quando, aos três minutos, o avante rubro-negro deu uma furada do tamanho do Maracanã e perdeu o gol para o Flamengo, disposto a não deixar o Racing botar as mangas de fora.
O primeiro tempo foi a cópia de River Plate x Athletico.
Ao Racing o 0 a 0 não interessava, mas nem por isso buscava machucar o Flamengo, que sabia lhe ser superior.
E o Flamengo, dono do campo e do jogo, criava e perdia chances de gol.
As duas mais claras com Vitinho, a já mencionada, no começo do jogo, e outra, no fim do primeiro tempo, quando Arrascaeta fez lançamento primoroso e ele perdeu.
Pelo andar da carruagem, se o Flamengo não fizesse logo um gol no segundo tempo, o Racing tentaria surpreendê-lo nos últimos 15 minutos.
Aos 49', outra vez Vitinho teve a chance, chutou, a bola desviou na zaga e o goleiro Árias fez defesa improvável.
Não era noite de Vitinho?
A Nação esperava ansiosa a presença de Pedro em campo. E temia um contra-ataque fatal.
Aos 62', Rodrigo Caio, com toda a sua experiência e categoria, deu entrada por trás e recebeu o segundo cartão amarelo.
Com dez, o Flamengo começava a viver um drama.
Imediatamente Rogério Ceni tirou Arrascaeta e pôs João Gomes no meio de campo, para Willian Arão ir para a zaga.

Na cobrança da falta, bola na área, Gustavo Henrique se atrapalha e Sigali faz Racing 1 a 0, aos 66 minutos. Meus sais!

Pedro em campo no lugar de Everton Ribeiro. Mas não seria melhor tirar Vitinho? Vá entender…
A perspectiva da eliminação rubro-negra não preocupava apenas a Nação.
Os torcedores do Atlético Mineiro, do São Paulo, do Palmeiras, do Grêmio, enfim, de todos que lutam pelo Covidão também tinham por que se preocupar diante da possibilidade de o Flamengo ter apenas uma taça para disputar.
E o drama ficou enorme. Primeiro Isla perdeu grande chance. Depois pôs a bola na cabeça de Bruno Henrique e Árias fez novo milagre, aos 80'.
Ceni começava a viver um pesadelo para treinador algum botar defeito.
Domènec Torrent gargalhava. E Jorge Jesus?
E Diego entrou aos 87' no lugar de Gustavo Henrique.
Aí, aos 93', Diego bateu escanteio pela esquerda e Arão empatou!

Ceni lustrava a estrela.
Vieram os pênaltis, sem Everton Ribeiro e Arrascaeta…Mas com Diego e Pedro.
Lisandro Lopes inaugurou as cobranças e fez 1 a 0.
Filipe Luís bateu e empatou.
Mathias Rojas fez 2 a 1.
Gerson cobrou e empatou. Árias quase defendeu.
Sigali fez 3 a 2.
Pedro empatou.
Alcaraz fez 4 a 3. Diego Alves quase defendeu.
Arão, de herói a vilão, bateu e Árias pegou.

Domínguez classificou o Racing.
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