Demba Ba faz história antirracista
O jogador senegalês nascido na França, Demba Ba, do İstanbul Başakşehir, estava no banco no jogo contra o PSG, pela Champions, quando um companheiro seu da comissão técnica, o camaronês Pierre Webó, também negro, foi expulso e xingado pelo quarto árbitro, o romeno Sebastián Colţescu, que o chamou pejorativamente de negro.
Imediatamente, com a indignação dos justos, Demba Ba, conclamou os jogadores a saírem de campo.
O que aconteceu depois de cerca de dez minutos de discussões.
Um gesto histórico que deve marcar o começo do fim do racismo odioso que insiste em contaminar as competições esportivas e a sociedade em geral.
Abre-se, assim, o precedente que precisa ser seguido no mundo todo.
Ofensa racial?
Fim de jogo!
Porque não basta não ser racista.
É preciso ser e praticar o antirracismo.
Tanto Neymar quanto Mbappé foram solidários e disseram ao apitador principal que com o quarto árbitro em campo eles não jogariam.
A UEFA quis recomeçar a partida, mas os jogadores do clube turco se recusaram.
O que cobre a UEFA de vergonha duplamente: pela tentativa asquerosa e por não ter sido obedecida.
O jogo será reiniciado só amanhã, às 14h55, provavelmente sem o árbitro romeno.
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