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Blog do Juca Kfouri

Cássio e o assoprador garantem o 0 a 0

Juca Kfouri

02/12/2020 23h27

No Castelão, o Fortaleza buscava se impor com velocidade e o Corinthians tentava quebrar o ritmo do jogo, lentamente.

O resultado foi que o primeiro chute paulista ao gol aconteceu aos 28 minutos, com Fábio Santos para defesa de Felipe.

Os cearenses já tinham chutado três vezes, uma das quais exigiu defesa difícil de Cássio.

Mas defesa difícil fez Felipe no segundo arremate alvinegro, de Luan, prontamente respondido pelo Fortaleza ao exigir excelente intervenção de Cássio, nos pés de David, em presente de Fábio Santos.

Jô, mais uma vez era um náufrago em ilha deserta.

Era uma prova de Fórmula 1 cearense contra a carruagem paulista.

Vagner Mancini precisava avisar seus jogadores que o gol que eles tinham de buscar era o de Felipe, não o de Cássio.

Marcelo Chamusca não precisava, porque os comandados dele sabiam a meta certa.

Mas o primeiro tempo terminou sem gols, o que parecia ser o objetivo dos visitantes em seu jogo de segurança.

E, na verdade, o empate era melhor mesmo para os corintianos, apesar de os manter atrás dos adversários.

Na luta para não cair, ponto fora de casa é precioso. E, no turno, em Itaquera, foi 1 a 1.

Logo de cara no segundo tempo Cássio teve de se virar mais uma vez e estava claro que o gramado irregular prejudicava o time da casa em sua velocidade.

O jogo seguia na base do coelho contra a tartaruga, mas, aos 12', Gabriel foi atropelado na área e o assoprador de apito não marcou nem o VAR se manifestou.

Cazares e Vital nos lugares de Luan e Otero. O Corinthians voltou a ter 11 em campo, aos 17'.

Piton também foi embora e Gabriel Pereira entrou.

O jogo transcorria sofrivelmente. Sem cheiro de gol, ainda mais com o apito mudo em hora de pênalti.

Só para desmentir, Tinga cabeceou para abrir o placar e Cássio evitou, aos 27', mostrando que o goleiro voltou à velha forma.

Ele e o assoprador garantiam o 0 a 0.

Ramiro e Xavier foram as últimas armas para…aumentar a segurança, nos lugares de Cantillo e Gabriel.

Dois seis por duas meias-dúzias, ou 12 por 12.

E Jô foi expulso com auxílio do VAR, aos 35', para comemorar seu jogo de número 200 com a camisa alvinegra e nenhum chute ao gol hoje.

Ou seja, faria pouca falta, embora ajudasse na bola parada na defesa.

Agora sim, mais que nunca, o Corinthians ia jogar pelo empate.

E só não voltará muito feliz para São Paulo porque com motivo para reclamar da arbitragem.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/