Cássio e o assoprador garantem o 0 a 0
No Castelão, o Fortaleza buscava se impor com velocidade e o Corinthians tentava quebrar o ritmo do jogo, lentamente.
O resultado foi que o primeiro chute paulista ao gol aconteceu aos 28 minutos, com Fábio Santos para defesa de Felipe.
Os cearenses já tinham chutado três vezes, uma das quais exigiu defesa difícil de Cássio.

Mas defesa difícil fez Felipe no segundo arremate alvinegro, de Luan, prontamente respondido pelo Fortaleza ao exigir excelente intervenção de Cássio, nos pés de David, em presente de Fábio Santos.
Jô, mais uma vez era um náufrago em ilha deserta.
Era uma prova de Fórmula 1 cearense contra a carruagem paulista.
Vagner Mancini precisava avisar seus jogadores que o gol que eles tinham de buscar era o de Felipe, não o de Cássio.
Marcelo Chamusca não precisava, porque os comandados dele sabiam a meta certa.
Mas o primeiro tempo terminou sem gols, o que parecia ser o objetivo dos visitantes em seu jogo de segurança.
E, na verdade, o empate era melhor mesmo para os corintianos, apesar de os manter atrás dos adversários.
Na luta para não cair, ponto fora de casa é precioso. E, no turno, em Itaquera, foi 1 a 1.
Logo de cara no segundo tempo Cássio teve de se virar mais uma vez e estava claro que o gramado irregular prejudicava o time da casa em sua velocidade.
O jogo seguia na base do coelho contra a tartaruga, mas, aos 12', Gabriel foi atropelado na área e o assoprador de apito não marcou nem o VAR se manifestou.
Cazares e Vital nos lugares de Luan e Otero. O Corinthians voltou a ter 11 em campo, aos 17'.
Piton também foi embora e Gabriel Pereira entrou.
O jogo transcorria sofrivelmente. Sem cheiro de gol, ainda mais com o apito mudo em hora de pênalti.
Só para desmentir, Tinga cabeceou para abrir o placar e Cássio evitou, aos 27', mostrando que o goleiro voltou à velha forma.
Ele e o assoprador garantiam o 0 a 0.
Ramiro e Xavier foram as últimas armas para…aumentar a segurança, nos lugares de Cantillo e Gabriel.
Dois seis por duas meias-dúzias, ou 12 por 12.
E Jô foi expulso com auxílio do VAR, aos 35', para comemorar seu jogo de número 200 com a camisa alvinegra e nenhum chute ao gol hoje.
Ou seja, faria pouca falta, embora ajudasse na bola parada na defesa.
Agora sim, mais que nunca, o Corinthians ia jogar pelo empate.
E só não voltará muito feliz para São Paulo porque com motivo para reclamar da arbitragem.
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