Tite fala muito e a Seleção joga pouco
Juro que se fosse jogador de Seleção Brasileira e o técnico ficasse na beira do gramado, gritando orientações a cada passe, pediria para sair.
Ora, Tite, tenha santa paciência!
Que coisa mais chata.
Se é irritante na transmissão pela TV, imagine dentro de campo.
Parece óbvio que o excesso de ordens acaba por inibir a criatividade, a iniciativa dos jogadores.
Tite não precisa mostrar serviço dessa maneira, como se aproveitasse a falta de torcida para se mostrar participativo.
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O resultado foi um primeiro tempo horroroso e com gol incrivelmente perdido por Richarlison.
Contra a previsível retranca da Venezuela ninguém tratava de partir para cima dos adversários.
Aliás, ninguém, não. Soteldo quando pôde, fez.
Sim, Neymar faz falta. Muita.
Everton Cebolinha estava no banco e o jogo tinha a cara dele.
No que deu?
Deu no 0 a 0, com dois gols brasileiros anulados, o primeiro por impedimento, desses que só o VAR vê, e olhe lá, e o segundo por falta de Richarlison.
No intervalo sim, era hora de Tite falar. E mudar, e mexer. Porque o time dele ficou 3/4 do tempo com a bola e pouco fez de útil.
E Tite mexeu. Tirou Douglas Luiz que não acertou um passe, mas pôs Lucas Paquetá. Mais do mesmo.
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Em vez de passes sem objetividade, chuveirinhos na área.
Num desses o VAR interveio ao procurar pelo em ovo porque a ferramenta neste lado do mundo é um descalabro.
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A sorte da Seleção era a ausência de torcida no Morumbi. Caso houvesse, a vaia seria ensurdecedora.
A Venezuela perdeu, fora, da Colômbia por 3 a 0, e do Paraguai, em casa, por 1 a 0. O Uruguai fez hoje 3 a 0 na Colômbia, na Colômbia, com o perdão da repetição.
Na seleção vinho tinto o corintiano Otero entrou no lugar do santista Soteldo e logo viu, aos 21 minutos, Everton Ribeiro cruzar e o desvio errado da zaga cair nos pés de Roberto Firmino para fazer 1 a 0.
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Na seleção canarinha, Pedro e Cebolinha substituíram Richarlison e Gabriel Jesus.
Savarino, do Galo, no jogo, aos 33'. Aliás, não dá para entender por que não é titular.
No fim, a Venezuela, 0%, até deu um calorzinho.
A Seleção é a única 100% nas Eliminatórias. Mas o futebol, ó, é desse tamaninho.
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Notas
A defesa brasileira toda teve pouco trabalho e fica com 6.
O meio campo não criou nada e fica com 5, exceção feita a Everton Ribeiro, não só pelo cruzamento que redundou no gol, com 6,5.
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O ataque (que ataque?) fica com 4, com exceção de Firmino, pelo gol, que leva 5.
E Tite, por falta de modos, e pela demora em botar Pedro e Cebolinha, também leva 4.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/