Timão resiste heroicamente até o fim e quase vence o Grêmio. Com nove!
Nenhum mandante se deu bem neste domingo: São Paulo e Ceará empataram e Inter e Botafogo perderam.
Faltava o Corinthians se dar mal em Itaquera contra o favorito Grêmio.
Ao fim desta nota saberemos se não falta mais.
Quando o jogo começou o Alvinegro estava a apenas um ponto da ZR e o Grêmio a três de ocupar o quinto lugar — e ficar a apenas outros três do líder, com um jogo a menos.
93º jogo entre ambos, 36 vitórias gaúchas contra 32. No Brasileirão a vantagem é ainda mais, 28 a 20.
Aos 18 minutos, com o Grêmio melhor, duas boas chances de gol, e o Corinthians lutando dentro de suas limitações, um lance que poderia mudar o jogo: já com um cartão amarelo, Darlan fez nova falta para cartão e o assoprador de apito, de amarelo, amarelou e não mostrou o segundo e o vermelho. Covardão! Tivesse torcida em Itaquera, pode apostar, ele teria expulsado.
Como fez contra o Galo, o Corinthians competia, marcava, e dificilmente conseguiria manter fisicamente tamanho esforço.
Ainda mais que Marlon, aos 28', entrou no meio de Matheus Henrique e foi expulso, corretamente.
Estava mais que aberta a porta para a vitória gremista.
Bruno Mendez entrou no lugar de Davó, providência inevitável de Vagner Mancini.
Cinco minutos depois da falta houve a cobrança.
O massacre gremista começou, mas a ansiedade impedia botar a bola para dentro, enquanto o Corinthians se defendia estoicamente.
No fim dos 53 minutos iniciais, até deu um calor na defesa tricolor.
Renato Portaluppi que de bobo não tem nada, sacou Darlan no intervalo e pôs o chileno Pinares para estrear. Diego Barbosa também entrou no lugar de Cortez.
Para piorar os problemas corintianos, o moribundo Luan não ajudava e o bonde Jonathan Cafu, esquema de empresários, atrapalhava.
Na verdade eram oito alvinegros contra a rapa, para sorte deles com Pepê em noite apagada.
Aos 15 minutos, um contra-ataque com as participações de Luan e Cafu, veja só, quase redundou em gol.
Aos 20', nova expulsão, agora de Otero: sobravam nove, na verdade, sete. A expulsão foi justa, mas, na origem do lance, Otero havia sofrido falta de Orejuela… O Corinthians tinha motivos de sobra para reclamar.
O assoprador veio do Rio Grande do Norte, mas parecia ser do Sul…
Cantillo e Cafu fora e Xavier e Pithon dentro, aos 25', para tentar o impossível, ganhar um ponto ao menos, que já seria heroico.
Orejuela deu lugar a Churin.
Aos 34', Vanderlei fez milagre em chute de Fagner, das maiores defesas deste Covidão-20.
Por tudo, uma coisa é certa: o Corinthians não merecia perder.
Isaque e Victor Ferraz nos lugares de Jean Pyerre e Matheus Henrique.
Léo Natel e Camacho nos lugares de Luan e Gabriel, aos 41'.
O jogo iria até os 50'.
O 0 a 0 foi imperdoável para o Grêmio é admirável para o Corinthians.
Fagner teve atuação simplesmente histórica.
Um por todos, todos por um.
O Timão foi mais Mosqueteiro que o Imortal.
Ah, sim, contra o Grêmio completo e com nove, o Corinthians não só não se deu mal como se deu bem. Muito bem!
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