São Paulo quebra escrita e entra no currículo de Luxemburgo
Com o Palmeiras e sua irritante incapacidade de jogar futebol e o São Paulo disposto a conseguir sua primeira vitória na casa verde, o chamado Choque-Rei teve a primeira emoção só aos 21 minutos, quando Reinaldo cruzou da intermediária e Igor Gomes cabeceou para fora.
Mais uma vez o Palmeiras parecia apostar no segundo tempo quando renova meio time e se aproveita de seu banco muito melhor que o do rival.
Aos 30 minutos o clássico era, no máximo, plebeu. E bem pobrezinho, sem nenhum chute entre as três traves.
Patrick de Paula acertou pela primeira vez, aos 31', para defesa fácil de Volpi.
A lentidão do jogo era exasperante.
Aos 40', Reinaldo fez Jailson se virar, mas o Palmeiras melhorava um pouquinho.
Reclamações de mãos na bola na área se sucediam sem razão, típico de quem conta com o acaso para vencer.
Assim terminou o primeiro tempo, decepcionante.
Depois de perceber que o Palmeiras não é nada disso, o São Paulo foi à frente e em seis minutos criou duas chances de gol logo de cara no segundo tempo, com Reinaldo, para defesa de Jailson, e com Brenner de cabeça, ao subir mais que Felipe Melo.
Aos 8', o estreante Lucas Esteves derrubou Igor Vinicius na área, em passe de Daniel Alves, e o pênalti foi marcado.
Aos 9', Reinaldo abriu o placar. 1 a 0 e era justo.
Esperava-se que, enfim, o Palmeiras atacasse.
Afinal, estava em casa, tem pretensões ao título e perdia a invencibilidade em seus domínios para o São Paulo no 10° Choque-Rei nela, depois de perder a de 20 jogos para o Botafogo, que não vencia há dez.
Aí, Luxemburgo fez o de sempre, no atacado: Wesley, Raphael Veiga e Willian fora e Veron, Scarpa e Luiz Adriano dentro.
Tempo havia de sobra para empatar e até virar.
Palmeiras na pressão, e o São Paulo em transições mais rápidas, no contra-ataque e mais perigoso.
Se houvesse torcida, o torcedor estaria chamando de "time sem-vergonha", não pelo que fazia depois do 1 a 0, mas pelo que não fez antes.
Lucas Esteves e Zé Rafael fora, Danilo e Ramires dentro, aos 24'.
Pronto! Às cinco trocas feitas no samba de uma nota só de Luxemburgo.
Só que Luan havia pedido para sair e teve de ir jogar na frente, para fazer número.
Volpi fez defesaça em cobrança de falta por Scarpa, aos 31', na primeira grande chance criada pelo Alviverde.
Igor Gomes e Luciano fora, Toró e Vitor Bueno dentro, aos 36'.
O São Paulo jogava com a bola no chão, mas errava o último passe seguidamente, com o que não matava o jogo.
Léo substituiu Tchê Tchê aos 40' e Fernando Diniz conseguia uma vitória marcante.
Pablo no lugar de Brenner, para jogar os cinco minutos de acréscimos.
O Tricolor entrava para o currículo de Luxemburgo, com sua primeira vitória na casa verde e por 2 a 0, com gol de Vitor Bueno, aos 47'.
O São Paulo está quatro pontos adiante do Palmeiras.
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