Palmeiras com Cebola e gols
Em menos de 30 minutos, em Bragança, o Palmeiras enfiava 3 a 0 no Bragantino.
Sem medo de perder, com vontade de ganhar.
Com o volante Felipe Melo no meio de campo e o técnico Andrey "Cebola" Lopes no banco.
Com velocidade, bola no chão, de pé em pé.

Fez 1 a 0 aos 5 minutos, com Raphael Veiga, em lançamento de Wesley e linda jogada de Zé Rafael, com direito à drible da vaca e cruzamento para trás.
Fosse o ex-treinador em atividade intermitente, e o Palmeiras trataria de garantir o resultado como visitante.
Nada disso.
Em novo contara-ataque, aos 18', pela direita, Wesley recebeu de Felipe Melo e soltou um torpedo para estufar a rede: 2 a 0.

Aí parou, não é?
Não, não parou.
E fez 3 a 0, aos 29', Luiz Adriano.

Risco o Verdão correu apenas dois, no mesmo lance, aos 39', quando Weverton fez boa defesa e Zé Rafael evitou o rebote nos pés de Tubarão, em gramado encharcado.
O Palmeiras jogava, sem sombra de dúvida, os melhores 45 minutos da temporada e assegurava sua vaga nas quartas de final da Copa do Brasil.
Com Rony e Wesley abertos pelas pontas, sem ligação direta, sem chuveirinho na área, o treinador Cebola impunha um novo tempero ao privilegiado elenco alviverde.
Faltava ainda o segundo tempo, é verdade.
Era de se prever que o Bragantino voltasse com tudo que tinha e que não tinha e que o Palmeiras, pensando no Galo que receberá na segunda-feira, tirasse um pouco o pé.
Havia muito tempo que as redes sociais alviverdes não manifestavam tanta alegria.
E Cebola aparecia por cima da carne-seca.

Eram 11 gols nos últimos três jogos, sem sofrer nenhum, graças ao abandono da burocracia acovardada dos tempos luxemburgueses.
Claro que, como sempre, Felipe Melo recebeu seu obrigatório cartão amarelo.
Somente aos 30' o Bragantino teve a chance de diminuir, mas, a exemplo do que fizera Zé Rafael no primeiro tempo, Lucas Lima, recém em campo no lugar de Raphael Veiga, dividiu na hora agá e evitou.
Willian também estava em campo, ao substituir Rony.
Mas o Verdão limitava-se a fazer o tempo passar e acabou, aos 37', sofrendo o gol do venezuelano Hurtado, por erro de passe de Gabriel Menino.
Ramires no lugar de Luiz Adriano, em seguida, assim como, logo depois, Scarpa substituiu Wesley.
Se o técnico Maurício Barbieri fosse Fernando Diniz diria que o Bragantino ganhou o segundo tempo por 1 a 0. E é verdade.
Mas Cebola ganhou de 3 a 0 o primeiro.
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