NBA: os homens e os meninos
Você faz ideia do que seja acompanhar três jogos de futebol ao mesmo tempo: Flamengo, São Paulo e Corinthians tornaram obrigatório o sacrifício.
Sacrifício porque, embora adore futebol, não dá prazer algum seguir três telas, se guiar pela subida de voz dos locutores, enfim…

Mas ontem haveria uma compensação: ver o segundo tempo de Los Angeles Lakers e Miami Heat.
Qual o quê!
Trabalho feito, notas dos jogos aqui publicadas, vamos ao basquete.
E os Lakers estavam 30 pontos na frente.
30 pontos!!!
Em playoff decisivo da NBA?!!!
Ora, meninos da Flórida, porque não deixaram a camisa pesada do Boston Celtic enfrentar LA?
Até porque, maior campeão, com 17 títulos, Boston tudo faria para evitar o 17º título também de LA.
Para você ter uma ideia, Chicago Bulls, o terceiro, tem apenas seis títulos. E Miami, três.
E como desgraça pouca é bobagem, se duvidar, Miami ainda perdeu, por lesão, o esloveno Goran Dragic e Bam Adebayo.
Fato é que o jogo físico de LeBron James (25 pontos, 13 rebotes e 9 assistências) e Antony Davis (34, 9 e 5) parece ter assustado os meninos de Miami.
E o jogo não teve a menor graça.
A ponto de Rômulo Mendonça parecer um lord na ESPN, comportado, para alegria dos vizinhos dele…
E o resultado final, 116 a 98, menos acachapante, nem revela o que foi o jogo.
Porque enquanto LA relaxou nos minutos finais, Miami foi em busca de diminuir o massacre.
Que sexta-feira, 22h, seja mais equilibrado.
Porque uma varrida será enorme anticlímax.
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