Don Diego Armando Maradona Franco, 60
Imagine alguém que já passou por tudo na vida, do céu ao inferno, passando pelo purgatório.
Imaginou os 60 anos de Maradona.
O menino pobre que virou igreja na Argentina.
Que reinou na perigosa cidade de Nápoles e se deixou levar por seus encantos proibidos.
Que ganhou uma Copa do Mundo praticamente sozinho em 1986 e quase outra, completamente sozinho, em 1990.
Que, no mesmo jogo, fez um gol sujo com a mão de Deus e outro, limpíssimo, considerado o mais espetacular da história das Copas.
Um poço de contradições, Don Diego é desses personagens que não vieram para explicar, mas para confundir.
Genial com a bola nos pés, foi legítimo sucessor do Rei Pelé e muito bem sucedido por Lionel Messi.
Não é preciso compará-lo nem com um, nem com outro.
Apenas dar a Maradona o que é de Maradona.
A foto aqui publicada, com ele de costas, é um gesto de carinho para mostrá-lo com outra figura rara, em jogo pela Copa de 1982.

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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/