Sampaoli bota Portaluppi no bolso; com aglomeração
Jorge Sampaoli pegou Renato Portaluppi, dobrou e pôs no bolso.
Durante os primeiros dez minutos, enquanto o Galo buscou o primeiro gol, foi jogo de um time só.
Aí, Keno abriu o placar, com ajuda do VAR que constatou ter a bola ultrapassado a linha fatal, aos 11', depois de ter deixado dois gremistas na saudade.

Daí em diante, menos ansioso, o Atlético limitou-se a dominar completamente a partida e a buscar o 2 a 0 com mais parcimônia.
Esteve para fazê-lo diversas vezes, não fez ao finalizar mal e quase tomou o empate, aos 41', em cobrança de falta por Robinho que Éverson defendeu bem, e aos 48', quando outra vez o goleiro evitou o 1 a 1, em arremate de Diego Barbosa.
O torcedor colorado não sabia se festejava a derrota do rival ou lamentava a vantagem de três pontos que o Galo, na liderança, abria sobre o Inter.

Mas ainda haveria o segundo tempo e quem sabe se Portaluppi acharia o mapa para virar e não deixar o treinador argentino muito convencido.
Só que o Grêmio vinha de Gre-Nal e volta a jogar na terça-feira contra a Universidade Católica, enquanto o Galo só joga o Covidão-20.
Por falar nisso, antes do jogo, a torcida atleticana se aglomerou na porta do Mineirão para receber o time, porque, você sabe, a pandemia acabou, tanto que o futebol voltou.

Mas ainda antes do sexto minuto, Keno livrou-se de mais um gaúcho, bateu forte de fora da área e fez 2 a 0, com desvio na zaga: 2 a 0.
O Grêmio vai seguindo na fila desde 1996 e o Galo vai saindo, desde 1971, embora ainda seja muito cedo e faltasse muito tempo.
Tanto que, dois minutos depois, Isaque diminuiu: 2 a 1.
Na saída, Paulo Vitor fez milagre para evitar o 3 a 1, em voleio de Sasha.
O jogo pegou fogo e ficou muito bom, lá e cá. Tanto o empate quanto a ampliação do placar pintavam constantemente, mais o 2 a 2 que o 3 a 1.
Aos 20', a alegria completa de Sampaoli na escolha do goleiro que sabe usar os pés.
Éverson repôs a bola em jogo em lançamento primoroso para Keno que tocou com, muita categoria, para fazer 3 a 1.
O palmeirense se perguntava por que ter aberto mão de Keno, seis gols em dois jogos seguidos.
Diga-se que o Grêmio jogava melhor que no primeiro tempo, mas não o suficiente para se equiparar ao Galo que viu o quarto gol ser evitado por Diogo Barbosa ao bloquear o chute de Arana.
O 3 a 1 ficou de bom tamanho e os times dos argentinos Sampaoli e Coudet seguem como os dois primeiros do campeonato.
Por que será?
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