Galo canta alto no topo da tabela em noite de Keno

Aos 10 minutos de jogo no Estádio Olímpico de Goiânia o atacante Ferrareis saiu de seu campo e ficou cara a cara com o goleiro Evérson.
Tocou com a certeza de que faria 1 a 0, mas o pé esquerdo do novo goleiro do Galo impediu a abertura do placar.
Desses gols que não se perdem.
Dois minutos depois, em grande jogada de Keno, Allan Franco bateu firme, à queima-roupa, e Jean fez ótima defesa.
Em 12 minutos os Atléticos já haviam feito mais que Fortaleza e Inter em todo o jogo.
E, aos 20 minutos, um golaço de Oliveira, de fora da área, de canhota, abriu o placar para os goianos.
Mais uma vez, com time de Jorge Sampaoli em campo, o jogo era bom, muito bom.
Dez minutos depois, o Galo desceu, Arana abriu para Keno que bateu cruzado e Savarino entrou pelo meio para empatar.
Com a exasperante demora de sempre, o VAR anulou o gol por impedimento.
Difícil manter qualidade de jogo com arbitragem tão desqualificada, capaz de congelá-lo.
Mas os Atléticos conseguiram.
E logo aos 6 minutos do segundo tempo Nathan foi derrubado na área e Keno empatou na cobrança do pênalti.
Era para o anfitrião sofrer? Pois não.
Janderson desceu e pôs Ferrareis outra vez na cara do goleiro e dessa vez não teve perdão, 2 a 1, logo aos 10'.
Era lá e cá com dois times querendo jogar, querendo marcar, querendo vencer.
E Nathan não demorou a empatar de novo, em jogada de Savarino pela direita que ele só tocou para o fundo da rede, aos 14'.
Pensa que acabou?
Aos 19', logo depois de Éverson ter evitado o terceiro gol goiano, Keno foi lançado, ganhou na corrida do zagueiro e fuzilou entre a trave e Jean para virar, fazer 3 a 2, botar o Galo cantando de líder.

Mais descansado pois não jogou no meio de semana, diferentemente do rival que jogou pela Copa do Brasil, o alvinegro tratou de amansar o ímpeto rubro-negro, já desgastado. E seguiu atacando.
Keno, de peixinho, ao receber cruzamento de Mariano, fez 4 a 2 em lance seguinte a chute dele no travessão goiano, aos 32'.
O Atlético Goianiense estava derrotado, mas não vencido, pois diminuiu aos 49': 4 a 3.
O Mineiro lá em cima, no topo da tabela, graças ao espírito de Sampaoli e às trocas que ele faz, ao reforçar o pulmão e a qualidade do time, como, por exemplo, a entrada de Nathan em grande noite e que entrou só no segundo tempo no lugar de Allan.
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