Furacão vira na altitude com Walter, quase magro
Na altitude de Cochabamba, o Furacão deu a sensação de que começou o jogo contra o Jorge Wilsterman de freio de mão puxado, para se poupar.
Como não combinou antes com os bolivianos, estes não quiseram nem saber e trataram de se impor, com muita intensidade e logo aos 10 minutos fez 1 a 0.
O Athletico não teve alternativa se não a de ir pra cima — e dane-se o desgaste.
Tanto tentou e criou que, aos 40', de pênalti, empatou, com Lucho González e até merecia ir para o intervalo na frente.

Só que ainda havia os 45 minutos finais a 2.560 metros de altura.
E o time sentiu o cansaço já no começo do segundo quando, logo aos 56', sofreu o 2 a 1, gol do brasileiro Serginho, bola trocada como linha de passe e a defesa só olhando, anestesiada.
Mesmo fazendo seu primeiro jogo em seis meses devido à pandemia, era evidente a superioridade física do JW.

Foi então que, aos 73', Christian partiu para a jogada individual, invadiu a área e empatou: 2 a 2.
Estava de bom tamanho.
Aos 81', Santos fez milagre para evitar o 3 a 2.
Aos 87', Serginho foi expulso e deixou o JW com dez, providencial para o desgaste paranaense.
O empate seguia sendo muito bom, mas dava até para especular com a virada, com 5 minutos de acréscimos.
E não é que Jonathan foi à linha de fundo e encontrou Walter, que acabara de entrar, 20 quilos mais magro, para virar? 3 a 2!
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