Verdão heroico. O Goiás!
É simplesmente inadmissível que o milionário time do Palmeiras empate com o desmontado Goiás, mesmo que apenas no primeiro tempo.
O Palmeiras com força máxima, o Goiás sem 15 jogadores que testaram positivo para Covid-19.
Pior: o Palmeiras fez gol de bola parada, com Gustavo Gómez cabeceando escanteio da direita e não mais incomodou o goleiro goiano.
Em compensação, o Goiás fez Weverton trabalhar duas vezes, uma para evitar o empate, outra para buscar a bola no fundo das redes depois que Rafael Vaz bateu falta, inexistente, a barreira pulou ridiculamente, e empatou 1 a 1.
Por incrível que pareça, o Verdão goiano chutou mais a gol que o paulista.
Ora, Vanderlei Luxemburgo, será que você tem visto os jogos da Champions?
Não bastou o empate com o Fluminense?
Tudo bem, estavam todos de ressaca. E hoje?
Bem, daí você espera que para o segundo tempo o Palmeiras volte mexido, já que o Goiás não tem o que fazer.
Mas, não!
Volta igual. Vá te catar!
E olhe que o Palmeiras só não voltou com apenas dez jogadores porque o VAR se omitiu em lance que Patrick de Paula deveria ter sido expulso por dar cotovelada no rosto de um rival.
Lucas Lima, Diego Barbosa e Rony substituíram Ramires, Viña e Willian, aos 14'.
Demorou, hein?!
Empatar com o covidado time goiano era inadmissível, ainda mais em casa.
O Palmeiras trocava passes inúteis e o Goiás se defendia, apelava para o que podia, até para faltas desnecessárias nas imediações da área.
Bruno Henrique e Wesley no gramado, aos 25', nos lugares de Gabriel Menino e de Zé Rafael.
Luxemburgo queimava as cincos trocas, fruto do deserto de ideias de seu time, incapaz de mostrar um pouquinho de futebol que fosse.
O Palmeiras jogava nas imediações da área adversária, mas o goleiro Rangel não tinha o menor trabalho. Impressionante!
O Goiás não conseguia passar da intermediária paulista, mas também não corria riscos, porque Ney Franco montou seu time para fazer o que era possível.
Não será exagero dizer que se defendia heroicamente, mesmo que chutasse para onde estava virado.
Independentemente do que acontecesse até o fim do jogo, pensar em título jogando assim não passa de ilusão.
Ao chegar aos 35', o desespero palmeirense beirava o ridículo.
A sorte do Palmeiras no Covidão-19 é a ausência de torcida, porque, se tivesse, as vaias seriam monumentais.
Aos 38', acredite, o Goiás botou o Palmeiras na roda, ao trocar passes no campo palmeirense.
Wesley era a esperança, o único que tentava jogadas individuais para romper a defesa.
O que sobrou do elenco goiano morria em campo, esfalfado.
E resistia bravamente, repita-se, sem correr riscos.
Rangel não fez nem sequer uma defesa durante todo o jogo.
Chuveirinhos, chuveirinhos e chuveirinhos. Com ligações diretas.
E olhe que o assoprador de apito exagerou nos acréscimos: seis minutos.
Aos 50', enfim, Rangel evitou o gol de Rony, em mais uma bola cruzada na área.
Luxemburgo empatou 4 a 4 com o Flamengo no ano passado e ganhou o Paulistinha.
Está bom para você, palmeirense?
O DJ da casa verde não pôs a gravação de vaias ao fim do pesadelo.
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