VAR atrapalha bela vitória do Flamengo
Que primeiro tempo fizeram Santos e Flamengo na Vila Belmiro!
Merecia casa cheia, infelizmente impossível no momento.
Dois times corajosos, dois times insinuantes, dois times em busca de gols.
Dois times para fazer valer a lei do ex, principalmente o Flamengo, com Gabigol e Bruno Henrique.
E o primeiro quase abriu o placar, com João Paulo defendendo com o pé e dando rebote para Michael desperdiçar gol feito.
Não demorou e o Santos abriu o placar em linda jogada de Marinho com Pará, ex-Flamengo, concluída por Raniel.
Depois de mais de torturantes três minutos, o VAR anulou por impedimento, pelo ombro de Raniel à frente da bola.
O VAR da CBF, perdão, é uma merda!
Em seguida, Marinho bateu falta, Diego Alves falhou e novamente o Santos comemorou, para outra vez o VAR anular, porque Jobson, em impedimento, participou do lance.
Então Michael perdeu outro gol, em grande defesa de João Paulo.
O jogo era lá e cá, ríspido muitas vezes, disputado palmo a palmo.
Aí, aos 50 minutos, Felipe Jonatan adiantou uma bola na frente de Gabigol na intermediária rubro-negra, o centroavante roubou-a e a deu para Michael avançar e devolver pra ele pela direita.
O ex-santista bateu forte, à meia altura e fez 1 a 0.
Na batata, o Santos não merecia, mas…
Mas importante mesmo é que o jogo era bom, muito bom, o melhor do Covidão-20 até agora.
Aos 3' do segundo tempo o aniversariante Gabigol, 24, faria gol de placa caso João Paulo não fizesse defesa sensacional.
Michael cruzou e Gabigol pegou de primeira para proporcionar a linda intervenção do ótimo goleiro santista.
O VAR voltou a interferir demoradamente em lance de ataque santista e o blog, a favor da implantação da ferramenta no futebol, propõe que, no Brasil, a Fifa o proíba. É muita incompetência!
O Santos pressionava sem parar, Diego Alves era o melhor em campo quando se machucou e César o substituiu, aos 19'.
Sanchez teve o gol à disposição para empatar e desperdiçou, ainda aos 19'.
Willian Arão no lugar de Gerson, Isla estreou no lugar de Renê e Everton Ribeiro tirou Bruno Henrique, apagado, de campo, aos 20', providências de Domènec Torrent.
Dois minutos depois, em contra-atacante fulminante, Gabigol perdeu o 2 a 0.
E aos 23', Isla deu o segundo gol para o centroavante aniversariante de presente e ele bateu para fora.
Cuca também mexeu, aos 25': Sanchez e Jobson saíram e Jean Mota e Lucas Braga entraram.
Gabigol torceu o tornozelo em arrancada e teve de sair para Diego jogar, aos 29'.
Mesmo sem a facilidade do toque de bola do ano passado, o Rubro-Negro procurava quebrar o ímpeto santista em jogo que seguia palpitante.
O blog acertava seu segundo palpite (Inter e Fla) em cinco (Vasco, Palmeiras e empate no Majestoso) , mas nada estava decidido.
Kaio Jorge dentro, Raniel fora, aos 33'. Ivonei no lugar de Felipe Jonatan, aos 38'.
A Nação pode respirar, a sete pontos do Inter.
Isla estreou bem no apoio e recebeu cartão amarelo para assustar Soteldo, uma praga.
Aliás, foram 14 cartões amarelos, sete para jogadores cariocas, cinco para paulistas, além de mais dois para o banco santista.
E a torcida peixeira não tem do que reclamar, a não ser do VAR, não porque tenha errado, mas por ter irritado até monge budista. O time jogou bem.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/