Galo baila e Timão perde de pouco
Em jogo bom, porque onde estiver o Galo haverá jogo bom, o Corinthians surpreendeu no Mineirão ao ir para o intervalo vencendo por 2 a 0.

Gols de Jô, de cabeça, graças a lambança de Guga bem aproveitada por Sidcley que deu para Araos cruzar na cabeça do artilheiro, aos 12 minutos, e de Araos.
Antes, Cássio já havia feito uma senhora defesa, ao sair nos pés de Marrony.
O Galo jogava, o Timão se defendia e, aos 24', Cássio, de mão trocada, tirou o empate de Franco, num tirambaço de dentro da área.
O Corinthians tinha apenas Danilo Avelar de titular na defesa e suportava heroicamente as infiltrações e arremates mineiros.
Até que, aos 29', os paulistas desceram, Mateus Vital fez bela infiltração, deu para Jô e o centrovante devolveu para Araos marcar o 2 a 0.
Parecia injusto e era.
Ainda mais porque, aos 34', Marrony canetou Avelar e, de bico, meteu na trave.
Só que futebol e justiça jamais foram sinônimos.
Para o segundo tempo era de se prever um Galo furioso.
Mesmo sem a massa para empurrar o time, aos 20 segundos Cássio já teve de trabalhar.
Savarino e Hyoran estavam em campo nos lugares de Franco e Marquinhos.
Não tinha nada decidido.
Mas, aos 5', Vital atrapalhou Jô no que seria o 3 a 0, em contra-ataque e cruzamento de Ramiro.
Como quem não faz toma, Cássio aceitou, no minuto seguinte, o chute de Hyoran: 2 a 1.
Qualquer um apostaria na virada.
O Galo perdeu gols no primeiro tempo e levou dois.
O Corinthians perdeu um no segundo e já levava outro.
Quem ganhou do poderoso Flamengo, no Maracanã, na estreia, não podia perder em casa para o Corinthians.
Aos 10', Savarino chutou, Cássio deu rebote e Hyoran empatou, para fazer justiça e fazer brilhar o trabalho de Jorge Sampaoli.
Mais rapidamente do que se esperava, o Atlético deixava tudo igual.
E, aos 15', Nathan bateu da intermediária, a bola bateu na trave e morreu na rede: 3 a 2.

O que é do homem o bicho não come.
Nathan se machucou e Alan o substituiu.
Cantillo, Janderson e Gabriel Pereira entraram aos 19', nos lugares de Ramiro, Éderson e Vital.
Keno enfiou a bola na trave de Cássio aos 21' e o Galo aplicava um vareio no rival, como gosta Sampaoli, sem parar de apertar.
O empate seria tão milagroso como era o 2 a 0, mas o quarto, talvez o quinto gols, eram bem mais prováveis.
Pois Réver fez o 4 a 2 com naturalidade, aos 28', mas o VAR anulou por impedimento de Hyoran.
Araos fora, Ruan Oliveira dentro e Keno, machucado, trocado por Fábio Santos.
É claro que para o corintiano sobrou frustração pela virada mineira.
Mas, na verdade, ficou barato, até porque o Galo voltou aos treinamentos bem antes do Timão.
E olhe que, aos 44', Réver salvou, na linha fatal, o empate em cabeçada de Jô, na primeira finalização corintiana no segundo tempo.
Aos 50', foi a vez do goleiro Rafael evitar o empate em cabeçada de Avelar.
Só que o time mineiro está cinco degraus acima do paulista.
O placar moral foi 5 a 2.
Mariano ainda entrou no lugar de Marrony no fim.
,
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/