Casaca, casaca, cazá…
Por ROBERTO VIEIRA
Futebol se escreve certo por linhas tortas, gajo.
Vasco x Sport hoje vale três pontos.
Mas tem gosto de jogo de cumpadre.
O Vasco teve muitos craques pernambucanos na história.
Nado veio do Náutico.
Zé do Carmo, Ricardo Rocha e Ramon brilharam no Santa.
Mas nada comparado à parceria com o Sport.
O Vasco primeiro importou Djalma e Ademir Menezes.
Unha e carne do sensacional Sport de 41 e do Expresso da Vitória.
Depois o Vasco mandou Eli do Amparo pro Sport.
E o Sport mandou Almir e Adilson, os irmãos Albuquerque, para São Januário.
Nesse ínterim, o técnico pernambucano Gentil Cardoso foi campeão lá e lô, pá!
Não ficou por aí.
O arqueiro Valdir Appel vestiu as duas camisas.
Assim como Juninho Pernambucano.
Todos se sentindo em casa.
Ah, ia esquecendo de Vavá, o herói das Copas de 58 e 62.
Além de Francisco Nunes Rodrigo, o Pacoti.
Tudo pode ser mera coincidência.
Ou não.
Porque todos esses jogadores eram da fuzarca.
O cazá, cazá, cazá.
É filho do velho 'cazarca' dos escoteiros vascaínos na década de 20.
Segundo extraordinária pesquisa de Walmer Peres Santana, historiador cruzmaltino.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/