Bayern é cirúrgico. E hexacampeão!
Tensão em Lisboa.
Tensão e cuidados.
Tensão, cuidados e xadrez.
Bayern e PSG sabiam que não podiam errar.
Se estudaram, se respeitaram e, é claro, erraram.
Não a ponto de cederem gols no primeiro tempo, porque nem Neuer, nem Navas, permitiram, além da trave francesa, que salvou um gol de Lewandowski.
Navas salvou outro, assim como Neuer evitou o de Neymar, além de outro de Mbappé, mas também porque o francês chutou fraco.
Como Di Maria mandou por cima um passe preciso de Neymar.
O PSG aproveitava melhor as falhas da defesa alemã e, com velocidade, explorava as costas de Kimmich.
Ficou pior para o Bayern quando Boateng se machucou ainda aos 25 minutos e foi trocado por Süle.
No balanço geral, o PSG saiu-se um pouco melhor que o BM.
Mas tudo ficou para o segundo tempo.
E o que era tenso virou até confusão.
Gnabry pegou Neymar, Paredes tirou satisfação e tanto o alemão quanto o argentino foram devidamente amarelados.
Então, aos 58', Kimmich pôs a bola na cabeça de Coman, que surpreendeu ao ser escalado no lugar de Perisic, e o francês fez 1 a 0 para os alemães.
Lei do ex do ponta revelado pelo PSG.
Como os alemães não são nada bonzinhos, aproveitaram o momento depressivo do PSG e foram para cima com uma sede animal.
E Thiago Silva salvou na linha fatal o segundo gol de Coman.
Aos 63', Verratti em campo, Paredes fora. O PSG precisava criar.
Phillippe Coutinho e Perisic nos lugares de Gnabry e Coman, aos 68'.
Só dava Bayern!
Mas, aos 69', Di Maria pôs Marquinhos na cara de Neuer e o goleiro salvou o empate.
Era o segundo gol de brasileiros que ele impedia. Danado, o Neuer.
Draxler dentro, Herrera fora, e o PSG achava forças para reagir e acabar com o domínio vermelho.
Aos 75', o jogo ficava dramático, com cheiro de gol, para qualquer lado.
Neymar estava mais discreto do que era desejável, mas era sempre uma possibilidade.
Aos 80', Choupo-Moting no lugar de Di Maria e Kurzawa no de Bernat.
Neymar pegou Lewandowski por trás e é amarelado, aos 82'.
Thiago Silva pegou Lewandowski pela frente e também é amarelado, aos 84'.
O PSG abriu a caixa de ferramentas, sinal de desespero de quem via o título inédito escapar e Tolisso entrar no lugar de Thiago Alcântara, dono do jogo.
O hexacampeonato tinha uma explicação simples: o Bayern é frio, metódico e cirúrgico.
Além de super, hiper talentoso.
Pela primeira vez na história da Champions, um time é campeão com 100% de aproveitamento: 11 vitórias em 11 jogos.
Parece com, parece com, com…o Bayern Munique!
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/