Impiedoso, City carimba faixas do Liverpool
Um recital de futebol.
Pena que em palco vazio, o estádio do Manchester City.
Que recebeu os campeões ingleses, europeus e mundiais do Liverpool.
Com menos posse de bola, os Reds eram melhores, com três chances evitadas por Ederson e uma bola na trave mandada por Salah.
Mas, aos 23 minutos, Gomez derrubou Sterling na área e De Bruyne bateu o pênalti com perfeição, bola de um lado, Alisson do outro: 1 a 0 para o MC.

O que, diga-se, não abalou os campeões que seguiram impondo perigo constante no campo dos anfitriões.
Mas, sempre tem um mas e aqui tem um segundo, em contra-ataque perfeito, de pé em pé com a participação de quarto jogadores do virtual vice-campeão inglês, aos 34', Sterling ampliou: 2 a 0.

Aí, o Liverpool sentiu. Percebeu que se seguisse tão agressivo poderia ser goleado e deu uma moderada no apetite.
Em vão, porque, aos 44', uma tabela de De Bruyne com Folden culminou com o 3 a 0 feito pelo garoto que pinta como grande jogador.

Três vira, seis acaba? Gols aos 24, 34 e 44 minutos…
Os vermelhos foram corados, de vergonha, para o intervalo.
E voltaram grogues.
A ponto de terem visto o City criar três grandes chances para marcar o quarto gol nos primeiros cinco minutos do segundo tempo e Mané se atrapalhar com a bola na cara de Ederson aos 54'.
Se o 3 a 0 pouco espelhou a primeira etapa, na segunda ensaiava-se um massacre.
Elegantemente, porém, o time azul que havia feito o corredor de honra para aplaudir os campeões na entrada em campo, deu uma tirada de pé.
Não sem desistir de aumentar o placar e De Bruyne deu com açúcar para Sterling fazer 4 a 0 e não permitir discussão se 3 a 0 é goleada.

O gol foi considerado como contra, de Chamberlain porque a bola chutada por Sterling, iria para fora.
Porque 4 a 0 é!
O brilhante narrador da ESPN, Paulo Andrade, justificava o vexame com o argumento da ressaca pela festa dos 30 anos sem título dos Reds.
Ele jamais dará a mão à palmatória a este blogueiro sobre a superioridade de Pep Guardiola em relação ao genial Jürgen Klopp.
Faixas carimbadas em grande estilo, com direito a humilhação, ao torcedor do Liverpool sempre restará o velho chavão: quero que minhas faixas sejam carimbadas todos os anos.
Mas, eis o terceiro mas, não precisava exagerar…
Corredor de honra o City fez. Gol de honra não permitiu.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/