Carros negros na F1
Por ROBERTO VIEIRA
Brasileiros conheceram a F1 vestida em negro.
O negro da Lotus 72 de Emerson Fittipaldi.
Cinco vitórias e um título mundial inesquecível.
A Lotus negra virou sinônimo de F1 mais até que a Ferrari vermelha em jejum.
Em 1975, o Brasil viu voar a Shadow de Jarier em Interlagos.
Mas era um vôo breve.
A Shadow era pole position mas não chegava ao final.
Anos em branco.
Ayrton Senna nos devolve o negro na Lotus.
Faz miséria com um carro limitado –
ou seria Senna que não tinha limites?
Três décadas depois.
Mecânicos de luvas e máscaras.
Distanciamento zero.
Na mesma Áustria onde Fittipaldi triunfou em 1972.
Passeando nas 54 voltas negras de Osterreich com o carro… reserva n° 31.
Sem os 180° da Boschkurve.
Nossos olhos estão no primeiro carro político das corridas.
A Mercedes negra de Lewis Hamilton.
O gênio negro da F1.
Negro em uma F1 que ainda consegue ser mais branca que golfe, tênis e natação.
Isso é… se você considera F1 esporte.
Coisa que definitivamente nunca foi.

Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/