A Fifa mente sobre o spray
Hoje você leu AQUI, quase três horas atrás, novo capítulo de como a Fifa tenta evitar pagar pela patente da espuma para marcar a distância entre a bola e a barreira.
Provocada, a Fifa insiste numa mentira: a de que a invenção brasileira jamais constou de suas regras em inglês, a única língua que, segundo a entidade, vale.
Esqueça o ridículo argumento, que procura minimizar o fato de estar o invento publicado em espanhol.
Porque também está publicado em inglês, como se comprova no site da CBF, na página 48.

O advogado que defende a empresa brasileira Spuni, detentora da patente do spray em 44 países, Cristiano Zanin Martins, tratou de preservar judicialmente o material antes que a Fifa mande a CBF retirá-lo. E argumenta:
"1o. – Já seria muito estranho se a IFAB/FIFA tivesse editado duas versões diferentes das Regras do Jogo para 2016/2017 – uma em inglês e outra em espanhol – como diz a FIFA agora;
2º A afirmação de que a versão em inglês não faria referência ao spray é desmentida por um documento que consta até hoje no site oficial da CBF, como provamos pelo relatório de captura técnica digital;
3º. A própria FIFA anunciou no Programa de Qualidade editado em 2015 que o spray entraria nas "Regras do Jogo";
4º Se o spray jamais esteve presente nas Regras do Jogo, como diz a FIFA agora, por que a entidade afirmou ao STJ no ano passado que o uso da ferramenta seria 'fundamental' para a Copa do Mundo Sub-17 que ocorreu no país?".
A mentira, como se sabe, tem pernas curtas.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/