Salles, o pusilânime
Da reunião de ministros do desgoverno Bolsonaro é possível dizer tudo.
Que mais parecia um encontro de milicianos, que ninguém com um mínimo de vergonha na cara poderia permanecer nela, que o nível foi ao rés-do-chão.
Ora, mas, afora os bolsominions, que certamente apreciaram o que viram, ninguém tem dúvida sobre quem são Bolsonaro, Weintraub, Damares e Guedes, que diz ter lido Keynes, obviamente sem entender, e "oito livros" sobre como cada país, citado por ele, saiu de crises.
Todos são simplesmente patéticos para quem tem um mínimo de racionalidade.

Ricardo Salles, no entanto, transcende.
Condenado por improbidade administrativa quando secretário do governo de Alckmin em São Paulo, e réu por diversas outras acusações, dissimulado, propôs aproveitar as atenções dedicadas à pandemia para passar "uma boiada" de medidas que solapariam o meio ambiente e os povos indígenas.
Porque se há uma acusação que não se pode fazer a Bolsonaro et caterva, é a de serem cavilosos, coisa que Salles, despudoradamente é.
Se Bolsonaro e seus asseclas despertam preocupação e indignação pela vocação golpista e autoritária, Salles dá asco, nojo, repugnância.
Que sujeitinho desprezível!
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/