Que pena! Acabou o "Arremesso final"...
A série de dez capítulos do documentário sobre a carreira de Michael Jordan, na Netflix, chegou ao fim ontem, com a disponibilização dos dois últimos.
O documentário é tão bom que dá pena vê-lo chegar ao fim.
Michael Jordan teve a palavra a final e demorou para autorizar sua divulgação. O que, por definição, o torna menos jornalístico do que seria o ideal, porque, embora não omita os perrengues de sua vida, provavelmente seria ainda mais verdadeiro.
Ressalva feita, só uma pedra de gelo não se emocionará vendo a trajetória do Pelé do basquete.
O episódio que relata a morte de seu pai e como ele tratou o luto e desses de comover a mais insensível das criaturas.
Com bastidores sensacionais de estrelas como o genial Phil Jackson, o ponderado Scottie Pippen, o maluco Dennis Rodman, o obstinado Steve Kerr, e sem poupar de críticas o individualismo de Jordan, sua competitividade agressiva e mal-educada, a alienação política, a última dança do Chicago Bulls retrata um gigante com lances monumentais.
Por mais que se saiba como cada batalha vá terminar, você se pega torcendo, às vezes contra, na esmagadora maioria das vezes a favor.
Michael Jordan já era imortal.
A série o imortaliza de vez.
Se você não viu, veja, e fique em vantagem dos que já viram, porque terá coisa de 500 minutos, mais de oito horas de extraordinária diversão.
Sem estragar prazeres contando o fim, contemos o fim: o documentário não termina com uma cesta de três pontos dele.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/