O tabu do Mineirão sobrevive nos pés de Natal & Cia
POR JUCA KFOURI*
O Mineirão foi inaugurado em setembro de 1965 e significou a maturidade do futebol mineiro, capaz, daí por diante, de encarar em pé de igualdade os times do eixo Rio-São Paulo – tanto que, em 1966, o Cruzeiro derrotou o Santos de Pelé e conquistou a Taça Brasil.
Mas havia um problema com o novo estádio.
Um problema grave para a massa atleticana.
O Galo não conseguia ganhar do Cruzeiro no novo palco, e só o adversário tinha sido campeão estadual na era do Mineirão.
Aliás, bicampeão.
Porém, numa tarde chuvosa de 11 de novembro de 1967, tudo indicava que a história iria mudar.
O Galo abriria uma vantagem de cinco pontos sobre o rival, mas perdera quatro desses pontos para o Uberaba e o Uberlândia nas duas partidas imediatamente anteriores ao clássico, que levou 90 mil pessoas ao estádio, ainda reluzente de novo.
Aos 21 minutos do primeiro tempo, Lacy fez 1 a 0 para o Galo, e o Mineirão quase foi abaixo.
Aos 25, o zagueiro cruzeirense Procópio foi expulso de campo.
Aos 39, Ronaldo ampliou para o Atlético, e o Mineirão foi abaixo.
Em clima de festa, começou o segundo tempo, e, logo aos cinco minutos, Tostão, o maior craque de um Cruzeiro cheio de craques, se machucou e saiu de campo, substituído por Zé Carlos.
*Extraído do livro "Meninos, eu vi" de Juca Kfouri, pelas editoras DBA/Lance!.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/