O Galo vive de caridade?
O presidente do Atlético Mineiro, Sérgio Sette Câmara, e o ex-presidente e atual prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, estão em guerra, porque o segundo acusou o primeiro de recorrer à "caridade" para resolver a questão do jogador Maicosuel.
Explique-se: a Fifa exigiu o pagamento imediato do Galo pela dívida feita no contrato de Maicosuel e Sette Câmara pediu empréstimo à MRV, velha parceira do clube, para saldar o compromisso.
Kalil criticou a solução ao dizer que jamais dependeu de "caridade" de ninguém, que, no máximo, pediu adiantamentos pelos direitos de TV.
Mas não é bem assim.
Em 2012, na gestão de Kalil, a mesma MRV, por meio de um de seus braços, a Conedi, teve direito a 13% do valor do atacante Guilherme, exatamente por ter feito adiantamento ao clube para que a folha salarial pudesse ser paga.
Ou seja, ou o termo caridade foi mal empregado e a crítica não cabe ou viver de caridade é o comum entre os clubes brasileiros.
A cessão de 13% dos direitos de Guilherme à empresa está abaixo:
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/