O cigarro na vida dos craques
Vejo uma reportagem no UOL Esporte sobre jogadores fumantes e não me contenho.
Ronaldo Fenômeno, Roberto Carlos, Adriano Imperador, São Marcos, Diego Maradona, estão todos na matéria.
Pois bote craque nisso.
Johan Cruyff, por exemplo, do tamanho de Maradona, maior que Ronaldo, vida interrompida por câncer no pulmão.
Doutor Sócrates, muito fumante, só parou para jogar a Copa do Mundo de 1982, única vez em que aguentou jogar jogos inteiros, e seguidos, sem parar.
Walter Casagrande Junior também sempre foi adepto de um cigarrinho.
Como Gérson, o Canhotinha de Ouro, cérebro da Seleção de 1970 que, no intervalo dos jogos, fumava no vestiário, cabeça entre os joelhos, meião abaixado.
São muitos, muitos mesmo os maus exemplos deste vício terrível, dos mais difíceis de abandonar, como testemunha o brilhante Drauzio Varella.
Quem consegue largar o cigarro, muito frequentemente, se transforma em antitabagista militante, como o próprio Drauzio.
Se houve, aliás, um técnico de futebol com a marca antifumo, este foi Telê Santana.
O que poucos sabem é que, quando jogador do Fluminense, chamado de Fio de Esperança, tão magro era e tanto que corria, Telê era fumante.
Trocou o cigarro por mascar palitos.
Arrebentou os dentes e adotou o chiclete, muito mais saudável.
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