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Blog do Juca Kfouri

Noite de festa no Maracanã e no Morumbi com seis gols

Juca Kfouri

11/03/2020 23h25

No Maracanã aquilo de sempre: o Flamengo é o único time brasileiro que busca o gol o tempo todo e quando não faz é por acaso.

Por acaso Bruno Henrique não abriu o placar logo e por acaso Everton Ribeiro também não, logo depois.

O Barcelona equatoriano só se defendia.

Mas a iminência do gol estava presente em cada armação rubro-negra, jogando futebol de primeira em todos os sentidos.

Até que Everton Ribeiro pôs a bola na cabeça de Gustavo Henrique e o zagueiro fez 1 a 0, aos 38 minutos.

Não confunda Gustavo Henrique com Bruno Henrique. E eles não são parentes…

Com vantagem o Flamengo aquietou-se?

Não. Seguiu em busca de mais.

Que veio de pênalti discutível, com…Gabigol.

Ter gol dele parece obrigatório. Se não tiver, não é jogo do Flamengo.

Aí, o segundo tempo começou e o Flamengo descansou, certo?

Errado!

Aos 52', escanteio pela esquerda, Bruno Henrique sobe, não confundir com Gustavo Henrique, e, de cabeça, faz 3 a 0.

Michael no jogo, no lugar de Arrascaeta.

Sabe aqueles gols que não entram por acaso mencionados lá em cima?

Pois é.

O quarto não saia por acaso diversas vezes.

E o gol do Barcelona não saiu aos 77' porque Diego Alves não deixou.

Daí o xará Diego entrou no lugar de Thiago Maia, diante de 63 mil torcedores.

Que não se cansam de festejar.

Já no Morumbi o São Paulo fez na LDU, em 15 minutos, os gols que tem perdido ultimamente, contra o Binacional, por exemplo, que levou de 8 a 0 do River Plate na baixitude de Buenos Aires, como deverá levar em São Paulo.

E o River ainda perdeu dois pênaltis.

Reinaldo fez 1 a 0 de pênalti, aos 13 minutos, em jogada todinha de Antony.

Dois minutos depois, outra vez Antony desceu pela direita e Reinado pôs a bola nos pés de Daniel Alves para ampliar: 2 a 0.

Depois, o São Paulo deixou a LDU com a bola.

Não correu grandes riscos, mas passou a jogar perigosamente acomodado, coisa que o Flamengo não faz.

Aos 58', Tiago Volpi se machucou e Lucas Perri estreou no gol tricolor.

Dois minutos depois, em belo contra-ataque, de pé em pé como gosta Fernando Diniz, Igor Gomes completou a jogada que envolveu quatro tricolores e fez 3 a 0.

Sornoza foi expulso, mais uma prova de que não tem nada a fazer no Brasil.

E Pablo substituiu Vítor Bueno e Hernanes entrou no lugar de Igor Gomes.

Diferentemente do primeiro tempo, só deu São Paulo no segundo, em atuação mais que convivente, diante de uma equipe que de boba não tem nada e de 39 mil torcedores.

Pato ainda acertou o travessão aos 94'.

Enfim, o são-paulino tem motivos para festejar.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/