Dez anos sem Mestre Armando Nogueira
Há dez anos o Brasil perdia Armando Nogueira, aos 83 anos, vítima de câncer no cérebro.
Durante 25 anos ele dirigiu o Jornal Nacional e ao mesmo tempo em que teve de se equilibrar durante a ditadura e a censura, "meu papel é o de impedir que fechem a TV do doutor Roberto", dizia, dava emprego a jornalistas que a combatiam.
Um liberal clássico, apanhou à esquerda e à direita pelos dois motivos.
Autor de deliciosas colunas sobre esportes, era chamado de o "Machado de Assis da crônica esportiva".
Lembro dele com grande carinho e saudade.
Felizmente pude me despedir em visita ao seu apartamento no Rio.
Agora é esperar por sua biografia que o também botafoguense Paulo Cezar Guimarães promete lançar no meio do ano.
Por enquanto, fique com algumas de suas frases que entraram para a história:
"Pelé é tão perfeito que se não tivesse nascido gente, teria nascido bola."
"Para Mané Garrincha, o espaço de um pequeno guardanapo era um enorme latifúndio."
"A tabelinha de Pelé e Tostão confirma a existência de Deus."
"Os cartolas pecam por ação, omissão ou comissão"
"Tu, em campo, parecias tantos, e no entanto, que encanto! Eras um só, Nílton Santos".
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/