A bola não parou
Por ROBERTO VIEIRA
Imaginam muitos cronistas esportivos que a bola parou.
Absurdo, deveras.
Como imaginar que se para o bicho homem para a Terra.
Ora, bolas, diria um poeta.
A bola só parou para os profissionais da bola.
Dirigentes.
Empresários.
Magnatas.
Jogadores e comissão técnica.
Gandulas e clubes jurídicos.
Porque para uma multidão de crianças presas em casa.
Crianças apaixonadas por bola.
A bola nunca parou.
A bola segue sendo lembrada, chutada, acariciada e chutada.
Mesmo quando em forma de meia.
Como naqueles velhos tempos da infância dos cronistas.
Cartolas.
Gandulas.
Boleiros.
A bola e a Terra?
Não param nunca.
São imortais.
Quem para somos nós.
Nós sim, meros mortais…
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/